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Campos Neto “conspira” contra o governo, diz Lindbergh Farias

Base governista têm demonstrado desagrado com a gestão do presidente do Banco Central diante da manutenção da taxa Selic acima de 10%

atualizado

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Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Lindbergh
1 de 1 Lindbergh - Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) acusa o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, de conspirar contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O parlamentar não é o único a demonstrar desagrado com a gestão de Campos Neto.

“A autonomia do Banco Central foi criada, em tese, para proteger essa instituição de ingerências políticas. Mas o que acontece quando seu presidente é um político como Campos Neto? Alguém que é da oposição e que conspira contra o governo. Que se articula para ser ministro da Economia do candidato da oposição? Como o BC se protege disso? Como o BC se protege contra as ingerências políticas dos rentistas e da mídia vassala do poder financeiro? Que raios de autonomia é essa?”, indagou o deputado federal nas redes sociais.

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Deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ)
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ)

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Campos Neto tem sido alvo de ataques da base governista em decorrência da taxa básica de juros, a Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta semana, manter a Selic em 10,5% ao ano, apesar das críticas do governo.

A bancada do PT na Câmara dos Deputados, inclusive, protocolou, na quarta-feira (19/6), uma ação judicial em que acusa Campos Neto de fazer “manifestações de natureza político-partidárias”.

Não é de hoje que a bancada petista tem desferido críticas à gestão de Campos Neto à frente do Banco Central. No entanto, a tensão aumentou depois que o chefe da autoridade monetária participou de um jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em 10 de junho, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Lula chegou a chamar o presidente do Banco Central de “adversário político”, em entrevista à rádio Mirante News, de São Luís do Maranhão.

“Estamos com um problema sério. Eu já fui eleito presidente há 1 ano e 7 meses, e o presidente do Banco Central é um adversário político, ideológico e adversário do modelo de governança que nós fazemos. Ele foi indicado pelo governo anterior e faz questão de dar demonstração de que não está preocupado com a nossa governança, ele está preocupado é com o que ele se comprometeu”, pontuou o presidente Lula.

Tarcísio de Freitas foi ministro da Infraestrutura na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e é cotado para concorrer à Presidência em 2026, caso o ex-presidente continue inelegível.

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