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Campos Neto: Brasil não tem taxa de juros “exorbitante”, mas “alta”

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto diz que taxa de juros é “alta”, mas ainda assim está entre as menores da história

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal
1 de 1 Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse, nesta terça-feira (13/8), que não é possível afirmar que, atualmente, o Brasil tem uma taxa de juros “exorbitante”. Depois, ele confirmou que a taxa de juros no país é “alta”.

A declaração ocorreu em audiência pública com integrantes das comissões de Desenvolvimento Econômico e de Finanças e Tributação, da Câmara dos Deputados.

Campos Neto explicou que o Brasil tem taxa de juros e inflação abaixo da média de outros países. Atualmente, o país tem taxa básica de juros, a Selic, de 10,50% ao ano, enquanto a inflação no acumulado em 12 meses é de 4,5%.

“Não é possível afirmar que a gente tem uma taxa de juros exorbitante, apesar de ter uma inflação muito baixa”, pontuou. Ele ponderou que as taxas de juros são “absurdamente altas”, mas que o Banco Central trabalha com as mais baixas do que outras já registradas na história.

“A taxa de juros no Brasil é alta? É muito alta, porque a taxa de juros neutra no Brasil é muito alta. Ou seja, a taxa de juros no Brasil que não gera inflação é alta. Se a gente tivesse uma taxa de juros baixa e tivesse condições, vamos dizer assim, estruturais de ter uma taxa de juros neutra mais baixa, a gente teria, obviamente, uma taxa de juros mais baixa sempre”, explicou.

Ele ainda frisou que a taxa de juros alta “freia a economia”, mas que o país vem apresentando um crescimento que “tem surpreendido para melhor”.

Meta da inflação

Campos Neto voltou a afirmar que o mandato da inflação do país é decidido pelo governo federal e que o trabalho do Banco Central fica restrito à liberdade operacional para atingir a meta, que é de 3% em 2024, com variação de 1,5 ponto percentual (para cima ou para baixo).

“O mandato na inflação não é o Banco Central que decide, é o governo que decide. Não é um trabalho do Banco Central, o Banco Central é minoria no CMN [Conselho Monetário Nacional]. Então, a gente tem uma meta e o que a gente tem é liberdade operacional para atingir a meta, é o que a gente tem feito”, destacou.

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