Campos Neto defende autonomia do BC: “Processo vai amadurecer”
Para Roberto Campos Neto, presidente do BC, autonomia do órgão foi “um grande ganho institucional para o país”
atualizado
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, defendeu, nesta terça-feira (13/8), a autonomia do órgão. “A autonomia está passando pelo seu primeiro teste, eu tenho certeza que o processo vai amadurecer”, declarou.
A fala ocorreu durante audiência pública com integrantes das comissões de Desenvolvimento Econômico, e de Finanças e Tributação, da Câmara dos Deputados.
“A autonomia está passando pelo seu primeiro teste, eu tenho certeza que o processo vai amadurecer e as pessoas vão entender ao longo do tempo que o Banco Central é técnico, trabalha com horizonte diferente e que trabalha de forma a atingir o mandato que é determinado pelo governo”, explicou Campos Neto.
Para o presidente do BC, a autonomia do órgão foi um grande ganho institucional para o país. Ele citou a eleição presidencial de 2022, onde o país teve pouca variação em termos de variáveis econômicas, que ainda segundo ele, ocorreu devido à autonomia do Banco Central.
Campos Neto fica no cargo até o fim do ano
A gestão de Campos Neto à frente do Banco Central termina em 31 de dezembro. Com isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa indicar um nome para presidir o órgão nos próximos quatro anos.
Os dois anos de convivência entre Campos Neto e Lula estão sendo marcados por críticas do petista. O chefe do Executivo reclama da forma como o presidente do BC lida com a política monetária do país e chegou a questionar diversas vezes a autonomia do órgão.
Em uma das críticas marcantes, Lula indagou: “Entenderam que era importante colocar no BC alguém que tivesse autonomia. Autonomia de quem? Para servir quem? Atender quem?”.