Caminhões com ajuda do Brasil partem para fronteira com a Venezuela
O governo federal estocou em Boa Vista, com ajuda da embaixada dos Estados Unidos, cerca de 200 toneladas de alimentos e remédios
atualizado
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Os caminhões que transportarão a primeira remessa de ajuda humanitária do Brasil para a Venezuela partiram na manhã deste sábado (23/2) de Boa Vista, em Roraima, para a fronteira entre os dois países, que está fechada desde a quinta-feira (21/2) pelo governo de Nicolás Maduro.
Os veículos são dois caminhões com placas e motoristas venezuelanos, que serão escoltados pela Polícia Rodoviária Federal e pelo exército durante os 220km que levam até a cidade de Pacaraima, situada na própria fronteira.
Para essa cidade também se dirigirão o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e a advogada María Teresa Belandria, embaixadora no Brasil designada pelo presidente da Assembleia Nacional (parlamento) da Venezuela, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino em janeiro.
O governo federal estocou em Boa Vista, com ajuda da embaixada dos Estados Unidos, cerca de 200 toneladas de alimentos e remédios, que não puderam ser transportados em sua totalidade devido ao fechamento de fronteira ordenado por Maduro.
O governo federal se comprometeu com a operação, mas estabeleceu como única condição que o transporte da carga seja realizado por “caminhões venezuelanos com motoristas venezuelanos”, que nos últimos dias não conseguiram entrar no país devido ao bloqueio fronteiriço estabelecido por Maduro.
Segundo o porta-voz do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Otávio do Rêgo Barros, a operação para entregar essa ajuda pode se prolongar pelos próximos dias se persistirem as dificuldades para a entrada dos caminhões venezuelanos.
Fontes oficiais consultadas pela Agência Efe disseram que, caso os caminhões não consigam entrar neste sábado na Venezuela, retornarão a Boa Vista e serão enviados novamente quando houver as garantias de segurança necessárias.