Câmeras foram fundamentais para prender ladrões de mansões no Rio
Violento, o grupo monitorava rotina das casas e evitava falar por celular. Eles roubaram mais de R$ 1 milhão em assaltos a casas de luxo
atualizado
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Rio de Janeiro – O trabalho de agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro na análise de imagens de 20 câmeras que monitoram as entradas e saídas de Itaipava, charmoso município da Região Serrana do Rio, foi fundamental para a prisão de integrantes de uma das maiores quadrilhas de roubos a residências de luxo do Rio de Janeiro.
Além de Itaipava, mansões no município de Niterói, Região Metropolitana do Rio, e em Belo Horizonte, em Minas Gerais, também interessavam ao grupo.
Com o mapeamento das imagens, o carro da mãe de um dos criminosos, usado em um dos levantamentos do bando, foi rastreado, o que permitiu a identificação de parte da quadrilha, acusada de ganhar mais de R$ 1 milhão com assaltos a mansões.
“Identificamos que eles pesquisavam as casas para monitorar a rotina das famílias e levantar o posicionamento de câmeras de seguranças. Usavam carros com placas clonadas, até que conseguimos localizar o veículo de um parente de um deles”, afirmou o delegado titular da 105ª DP (Petrópolis), João Valentim.
Violentos com as vítimas, eles costumavam usar toucas ninja para esconder o rosto e luvas para não deixar digitais. Juliano Braga Cardoso, Anderson de Oliveira Azeredo e Gilberto da Silva Lima foram presos no último dia 17, quando estavam prontos para assaltar mais uma casa em Itaipava.
Com eles foram apreendidos três revólveres calibre .38, toucas ninjas, luvas, alicates e um Gol preto. “Eles deixavam o carro a três quilômetros dos locais de crimes. Falavam pouco no celular, então ficamos a postos com as informações dos levantamentos para prendê-los”, explicou Valentim.
Casal refém
Em 28 de janeiro, eles mantiveram um casal refém em um condomínio em Itaipava. Na fuga, levaram mais de R$ 300 mil em joias. Entre julho de 2020 e março deste ano, o grupo praticou cinco roubos, dois em Itaipava e três na Região Oceânica de Niterói, gerando um prejuízo de mais de R$ 1 milhão às vítimas.
“Conseguimos ainda recuperar um relógio de uma das vítimas em uma loja de venda de celulares de parentes dos criminosos. Acreditamos que eles agiam há mais de três anos. Continuamos as investigações para identificar outros integrantes da quadrilha”, declarou o delegado.
O bando também se utilizava de extrema violência ao subjugar as vítimas a longos períodos em cárcere privado, torturando-as psicologicamente.