Câmeras captaram execução na fronteira do Paraguai; filha de governador é uma das vítimas
Entre sexta-feira (8/10) e sábado (9/10), foram cinco vítimas. Polícia investiga se crimes foram a mando de organização criminosa
atualizado
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Imagens mostram que pistoleiros não levaram nem 10 segundos para matar quatro pessoas na fronteira Brasil-Paraguai. Entre sexta-feira (8/10) e sábado (9/10), foram cinco vítimas, incluindo Farid Charbell Badaoui Afif, 37 anos, vereador de Ponta Porã, cidade sul-mato-grossense vizinha a Pedro Juan Caballero; e Haylee Carolina Acevedo Yunis, 21, filha de Ronald Acevedo, governador do estado de Amambay, no Paraguai.
Imagens divulgadas pela Polícia Nacional do Paraguai, que tenta desvendar o crime ocorrido na madrugada de sábado, mostram que os atiradores chegam em uma caminhonete cabine dupla e já atiraram contra as vítimas, que saíam de uma casa de eventos em Pedro Juan Cabellero.
Imagens mostram que pistoleiros levaram nem mesmo 10 segundos para matar quatro pessoas na fronteira Brasil-Paraguai 🔽 pic.twitter.com/1eGjAHgdH2
— Metrópoles (@Metropoles) October 10, 2021
No atentado, além da filha do governador paraguaio, morreram Kaline Reinoso de Oliveira, natural de Dourados (MS) e estudante de medicina, 21 anos; Rhannye Jamily, 18, também estudante de medicina; e Osmar Vicente Álvarez Grance, 32, conhecido como “Bebeto”. Ele levou 31 tiros.
Na sexta, o vereador, que havia sido eleito pelo DEM, foi executado quando andava de bicicleta na mesma região. Poucas horas antes, ele publicou um vídeo nas redes sociais dizendo que passaria com o veículo em algumas repartições.
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Informações repassadas pela Polícia Civil apontam que os tiros foram disparados por uma pessoa que estava em uma motocicleta. No local foram recolhidos quatro munições de calibre .45. O parlamentar morreu no local.
Rota de comércio ilegal
De acordo com autoridades policiais da região, a fronteira é rota de comércio ilegal e é território disputado por quadrilhas do tráfico de armas, drogas, contrabando e outros crimes transnacionais.
Em duas semanas, pelo menos 15 pessoas foram executadas na fronteira com o Paraguai.
Ninguém foi preso pela chacina ocorrida no sábado. A polícia investiga a motivação do crime, mas trabalha com a hipótese de que tenha sido a mando de uma facção criminosa.
Com informações do Topmídia News, parceiro do Metrópoles