Camargo volta a atacar Moïse e diz ser o “terror da negrada vitimista”
“Brutal assassinato nada teve a ver com racismo! Moïse foi vítima da selvageria de pretos como ele”, defende o presidente da Palmares
atualizado
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“Vítima da selvageria de pretos como ele”. É dessa forma que o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, volta a atacar o congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte no dia 24 de janeiro por cobrar diárias de trabalho em um quiosque no Rio.
Nas redes sociais, nesta segunda-feira (14/2), Camargo, que anteriormente já havia se referido à vítima como “vagabundo morto por vagabundos mais fortes”, ainda vangloriou-se por, segundo ele, ter dado visibilidade à Palmares e tê-la transformado em uma “uma autêntica instituição cultural”.
Veja a postagem:
O brutal assassinato NADA teve a ver com racismo! Moise foi vítima da selvageria de PRETOS como ele.
Sou o terror dos afromimizentos, da negrada vitimista. Defendo o negro honrado e trabalhador.
Fiz da Palmares, desconhecida antes de mim, uma autêntica instituição cultural. 🇧🇷 pic.twitter.com/dRcw1AQYFG— Sérgio Camargo (@CamargoDireita) February 14, 2022
No último dia 11, o presidente da Fundação Palmares afirmou que o assassinato do congolês não teve relação alguma com a cor de pele de Moïse, que era negro, e sim com o “modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava”.
Sérgio Camargo afirmou que o congolês “negociava com pessoas que não prestam”. A manifestação, feita nas redes sociais, foi alvo de diversas críticas.