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Camargo ataca Olavo de Carvalho, que reage: “Coisa mais cretina”

Extrema-direita está em crise interna desde que o guru do bolsonarismo radical fez críticas ao presidente na semana passada

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Camargo diz que afirmação de jornalista foi "injúria racial"
1 de 1 Camargo diz que afirmação de jornalista foi "injúria racial" - Foto: Reprodução/Facebook

Críticas do escritor Olavo de Carvalho ao governo de Jair Bolsonaro (PL) em transmissão pelas redes sociais na semana passada esquentaram o clima entre os apoiadores do presidente da República mais ligados à extrema-direita. Incomodado com concessões de Bolsonaro ao presidencialismo de coalização, o guru extremista deu declarações fortes, prevendo que “a briga já está perdida” e que o presidente pode ser “um bom administrador”, mas que “política ele não faz, e sobretudo, guerreiro ele não é. Estadista ele não é, de jeito nenhum”.

As palavras de Carvalho estão reverberando entre apoiadores do presidente que acham que críticas públicas são uma tática errada, que apenas dá “munição para os adversários”. Um deles é o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, que é um dos auxiliares mais radicalizados do presidente, mas não se identifica com o olavismo, uma grande fonte de radicalismo.

Sem citar diretamente Carvalho, mas usando a palavra “professor” com aspas irônicas, Camargo escreveu, no último dia 22 de dezembro, que “Bolsonaro seria um autêntico conservador ainda que absolutamente nenhum intelectual jamais tivesse escrito um único parágrafo sobre conservadorismo” e que o presidente “nunca precisou e jamais precisará de um ‘professor'”.

Olavo não gostou e respondeu na tarde desta sexta-feira (24/12) nas redes sociais, reproduzindo a postagem de Camargo com um curto comentário: “Esta é a coisa MAIS CRETINA que algum bolsonarista já escreveu”.

Veja a treta entre os bolsonaristas:

Bolsonaristas simpáticos a Olavo de Carvalho têm feito uma campanha para defender o escritor desse tipo de críticas e ainda apontar o dedo para outros aliados do governo, que, para eles, têm objetivos pouco nobres.

É o caso do militante de extrema-direita Allan dos Santos, que tem mandado de prisão em aberto, expedido pelo STF, desde outubro deste ano, mas se encontra foragido nos Estados Unidos. Ele está com redes sociais como Twitter e Facebook bloqueadas no Brasil, mas usa um canal no aplicativo de mensagens Telegram para se comunicar e postou o seguinte na última quarta-feira (22/12):

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