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Câmara: “Não depende só de nós”, diz Motta sobre apoio de União e PSD

Ambos os partidos têm candidatos: Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSD-BA), que são pressionados a desistir de disputar sucessão

atualizado

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Mário Agra / Câmara dos Deputados
Hugo Motta
1 de 1 Hugo Motta - Foto: Mário Agra / Câmara dos Deputados

O líder do Republicanos na Câmara, deputado Hugo Motta (PB), candidato à sucessão da Casa com o apoio do atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta quinta-feira (31/10) que um eventual apoio do União Brasil e do PSD a sua candidatura não depende só dele. Segundo o congressista, depende da vontade de ambos os partidos.

“Esse entendimento não depende só de nós. Depende também dá vontade de cada um em compor conosco esse nosso projeto, mas o nosso intuito é montar o maior bloco parlamentar possível”, disse Motta durante o anúncio de apoio do PV ao seu nome.

O União Brasil tem como candidato o deputado Elmar Nascimento (BA) e o PSD tem como nome Antonio Brito (BA) na disputa. Depois de Motta receber o apoio das maiores siglas da Casa, o PL de Bolsonaro e o PT de Lula, além de outras seis legendas, os dois passaram a ser pressionados a deixar a corrida.

O líder do Republicanos afirmou que vai continuar buscando os dois candidatos em busca de uma solução. “Vamos tanto procurar o União Brasil, procurar o deputado Elmar, como o PSD, procurar o deputado Antônio Brito, para buscarmos um entendimento”, disse o deputado paraibano.

O União Brasil, por exemplo, já definiu que vai apoiar Motta, mas deu um tempo para que Elmar Nascimento negocie o espaço que partido terá dentro do bloco de Motta. Apesar de dizer que sua candidatura está mantida, Elmar deve retirar seu nome nos próximos dias.

Já Antonio Brito (PSD-BA) submergiu nas últimas horas com o apoio do PT, com quem vinha mantendo uma boa relação até aqui, e com a decisão do União de rifar Elmar. Por enquanto, ele nega que vá deixar a disputa.

Brito e Elmar tinham fechado um acordo para fazerem oposição a Motta, já que o deputado do União Brasil, que chegou a ser o favorito de Lira, foi preterido por ele quando o presidente da Câmara escolheu Motta. A união dos dois, no entanto, ficou esvaziada com os apoios direcionados a Motta já definidos nesta semana.

A avaliação feita na Casa é de que o desejo de Lira de caminhar com uma candidatura de consenso aos poucos vai ganhando musculatura. Motta já conta com o apoio de 8 dos 20 partidos da Câmara desde que o Republicanos formalizou seu nome, na terça-feira (29/10). Destes, todos os maiores (exceto União Brasil e PSD) já se aliaram ao líder do Republicanos.

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