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Câmara: Kassab e Elmar querem centrão unido para pressionar governo

Movimento acontece depois do presidente Lula dar aval a candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara dos Deputados

atualizado

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Luis Macedo e Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Foto colorida do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e o líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (União Brasil-BA) - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e o líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (União Brasil-BA) - Metrópoles - Foto: Luis Macedo e Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e o líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (União Brasil-BA), se encontraram nessa quarta-feira (4/9) para tratar de uma nova frente do centrão na Casa Legislativa para pressionar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Kassab e Elmar tentam unir os partidos de centro para contrapor o bloco do PP, Republicanos e PL, que deve apoiar a candidatura de Hugo Motta. O movimento acontece depois de o presidente nacional do Republicanos, o deputado Marcos Pereira (SP), desistir de disputar a presidência da Câmara e indicar o líder do partido na Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para corrida.

O Metrópoles apurou que Hugo Motta é um nome apoiado tanto por Lula quanto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que poderia ajudá-lo a angariar votos para sucessão de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara.

Apesar do apoio de Lula e Bolsonaro, o líder do Republicanos não é consenso entre as bases eleitorais de ambos os líderes políticos, que se preocupam com a aproximação de Hugo Motta com elementos chaves.

No caso do petismo, Hugo Motta tem preocupado os deputados em decorrência da amizade dele com o deputado cassado Eduardo Cunha, presidente da Câmara entre 2015 e 2016, e um dos principais atores políticos para o processo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Além disso, há o temor do líder do Republicanos de pautas mais ideológicas, como é o caso da proposta que prevê anistia para quem participou dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, que culminaram na depredação dos prédios dos Três Poderes, em Brasília.

Na ala bolsonarista, Hugo Motta tem despertado a atenção dos parlamentares em decorrência de uma possível aproximação ao governo Lula, chamado até de “governista” por alguns parlamentares.

A candidatura de Hugo Motta pode ganhar ainda mais força caso o presidente da Câmara dos Deputados decida apoiá-lo. Arthur Lira se encontrou com o presidente Lula para debater o nome do líder do Republicanos, mas ainda não indicou qual candidato terá o apoio do político alagoano.

Além de Hugo Motta, a corrida pela presidência da Câmara conta com Elmar Nascimento e o líder do PSD na Casa, o deputado Antonio Brito (BA).

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