Câmara esperará fim de inquérito para decidir o que fazer com Jairinho
Vereador e a esposa Monique, mãe de Henry, estão presos acusados do crime. O parlamentar era membro do Conselho Ética, mas foi substituído
atualizado
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Rio de Janeiro – A Câmara de Vereadores decidiu esperar a conclusão do inquérito contra o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), prevista para a próxima semana, para avaliar uma eventual representação contra o parlamentar.
Padrasto do menino Henry, de 4 anos, ele e a mãe a professora Monique Medeiros estão presos acusados da morte do menino, no dia 8 de março. A polícia já anunciou que eles serão indiciados por homicídio duplamente qualificado e tortura.
Nesta terça-feira (13/4), o Conselho de Ética obteve autorização do 2º Tribunal do Júri para ter acesso à investigação sobre o caso envolvendo o vereador, mas decidiu, a pedido do delegado da 16ª DP (Barra da Tijuca), que investiga o caso, esperar a conclusão do inquérito.
“A Procuradoria da Câmara Municipal compareceu à 16ª Delegacia Policial, órgão responsável pela condução do citado inquérito, para obter cópia do procedimento. Entretanto, o delegado ponderou que seria mais produtivo e seguro para as investigações aguardar a sua conclusão – o que é esperado para a próxima semana”, afirmou, em nota o presidente do Conselho de Ética, Alexandre Isquierdo (DEM).
Na última quinta-feira (8/4), o Solidariedade expulsou Jairinho do partido. Eleito em 11 de março para o Conselho de Ética da Câmara, Jairinho também foi excluído do colegiado. Mas ele continua como presidente da Comissão de Justiça e Redação da Câmara, uma das mais importantes do Legislativo, responsável por analisar a constitucionalidade dos projetos de lei.
O menino Henry morreu no dia 8 de março. Ele foi levado por Jairinho e Monique morto para um hospital da zona oeste do Rio. O casal alega acidente doméstico, mas laudo cadavérico apontou morte violenta.