Câmara e Senado mantêm sessão após explosões na Praça dos Três Poderes
Fortes explosões foram registradas nas proximidades do Supremo Tribunal Federal e da Câmara dos Deputados
atualizado
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Os plenários da Câmara dos Deputados e Senado Federal mantiveram o funcionamento das sessões apesar de fortes explosões terem sido registradas nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Câmara, na noite desta quarta-feira (13/11).
Na Câmara dos Deputados, os parlamentares analisaram a proposta de emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade tributária de organizações religiosas. Os deputados da oposição defendiam a manutenção da sessão, enquanto a base governista pedia a suspensão.
“Eu peço à vossa excelência para que prossiga na votação, se porventura quem de direito determinar que o senhor encerra a sessão. Por questões de segurança externas ou internas, o senhor assim o faça”, pediu o deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB).
“A suspensão da sessão para que informações cheguem e, se não tiver informações definitivas ou informações que levem à necessidade de encerramento, se encerrará a sessão. Agora, qual é o motivo de vossa excelência dar sustentação a qualquer custo a essa votação dessa PEC?”, questionou o deputado Glauber Braga (PSol-RJ).
Depois de conversar novamente com o chefe da segurança da Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, 2º vice-presidente, decidiu pela suspensão da sessão da Casa Legislativa e pediu um minuto de silêncio pelo óbito no STF.
No Senado, o plenário analisa o projeto de lei complementar (PLP) que regulamenta as emendas parlamentares. A proposta tramita no Congresso Nacional com certa celeridade para que o STF libere a execução das emendas.
Com o avançar da discussão, o senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do PL no Senado, pediu a suspensão da sessão, mas a votação se manteve.
Suspeita de entrada na Câmara
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirmou que há uma suspeita de que o dono do carro que explodiu nas proximidades do STF teria visitado a Câmara dos Deputados mais cedo, nesta quarta-feira (13/11).
“O que foi dito pela segurança é que estourou o carro no pátio do pátio do anexo IV, uma pessoa se explodiu — que veio a óbito próximo ao STF — e caiu um drone nas imediações da Câmara, que não sabem o que tem esse drone, de onde era, se foi abatido, eles ainda não têm essa informação precisa. Esses foram os três episódios graves que aconteceram”, disse.