Câmara dos Deputados cria grupo de trabalho para analisar tecnologia 5G
Presidido por Perpétua Almeida (PCdoB-AC), grupo tem prazo de trabalho de 180 dias e, ao final, apresentará um relatório à Mesa Diretora
atualizado
Compartilhar notícia
Em meio ao atrito entre os governos brasileiro e chinês por causa da tecnologia 5G, a Câmara dos Deputados instituiu, nesta quinta-feira (10/12), um grupo de trabalho para avaliar e acompanhar os impactos da implantação da tecnologia no Brasil e propor estratégias normativas com vistas ao aperfeiçoamento da legislação relacionada aos serviços de telecomunicações.
Segundo Ato do presidente, o grupo, que tem prazo de trabalho de 180 dias, prorrogáveis, apresentará um relatório à Mesa Diretora. Dois consultores da Casa auxiliarão as atividades.
Presidido pela deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC), o grupo também conta com os deputados Luisa Canziani (PTB-PR), Vitor Lippi (PSDB-SP), Helder Salomão (PT-ES), Fausto Pinato (PP-SP), Marcos Aurélio Sampaio (MDB-PI), Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), Dagoberto Nogueira (PDT-MS), Fernando Coelho Filho (DEM-PE) e Zé Vítor (PL-MG).
Há ainda a previsão de que a presidência da Câmara dos Deputados estabeleça um canal de comunicação direta com a sociedade para encaminhamento de sugestões, por meio de endereço eletrônico.
Segundo o Ato, a implantação da tecnologia de telefonia celular 5G é componente indissociável da nova economia digital, com reflexos diretos no crescimento e desenvolvimento do país, bem como na criação de novos produtos, serviços e empregos.
Imbróglio com a China
Há duas semanas, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), gerou mais uma crise diplomática com a China após acusar o país asiático de espionagem tecnológica a partir do 5G, em discurso alinhado com os Estados Unidos.
A embaixada chinesa reagiu repudiando as declarações do parlamentar. O Itamaraty, então, tomou as dores do deputado e criticou a China. Eduardo apagou a mensagem das redes sociais.
Por causa de mais esse imbróglio causado pelo filho do presidente, parlamentares pediu o afastamento de Eduardo da presidência da Comissão de Relações Exteriores da Casa, que, apesar de não estar funcionando, tem divulgado atos e opiniões dele.