Câmara dos Deputados aprova criação da bancada negra; Novo vota contra
Proposta que cria bancada negra é de autoria dos deputados Talíria Petrone (PSol-RJ) e Damião Feliciano (União-PB)
atualizado
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A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (1º/11), a criação de uma bancada negra na Casa. Durante a votação, feita de forma simbólica no plenário, o partido Novo foi o único a votar contra o Projeto de Resolução de Alteração do Regimento (PRC) 116/2023.
“A gente acha que cada individuo é igual, não podemos separar brancos, negros, amarelos. Por esta razão, com todo o respeito, a gente orienta não”, argumentou a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), líder da sigla.
A proposta é de autoria de Talíria Petrone (PSol-RJ, foto em destaque) e Damião Feliciano (União-PB). O relator, Antonio Brito (PSD-BA), apresentou parecer favorável à criação da bancada negra.
O texto agora deve se promulgado pelo presidente Arthur Lira (PP-AL), para inclusão no regimento interno da Câmara. Com a aprovação, a bancada negra terá um representante no colégio de líderes.
“Nós precisamos tratar urgente da representação negra, da equidade, nós precisamos tratar urgente do genocídio da juventude negra neste país, do desemprego, de todas as violências que esse povo vem sofrendo e que o Estado ainda não tem dado conta”, discursou a deputada Reginete Bispo (PT-RS).
A criação do grupo também foi celebrada por líderes como Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, e Dr. Luizinho (PP-RJ). “Precisamos sim de medidas afirmativas, precisamos sim olhar esse país desigual e olhar os desiguais com participação”, afirmou o líder do PP na Câmara.
Na atual legislatura, 27 deputados se declaram negros (5,26% do total) e 107 pardos (20,86%). Os dados são da Câmara dos Deputados.