Câmara desiste de afastar Jairinho da Comissão de Redação e Justiça
Comissão é considerada a mais importante do parlamento carioca. Orientação da Casa é aguardar os 30 dias de prisão temporária do político
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – A Mesa Diretora da Câmara Municipal do Rio de Janeiro desistiu de pedir o afastamento do vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), da Comissão Permanente de Redação e Justiça, considerada a mais importante da Casa.
A mudança de estratégia foi uma orientação da Procuradoria da Câmara, para evitar uma batalha judicial que, adiante, possa mantê-lo como integrante do colegiado. Enquanto estiver preso, ele já não poderá participar das atividades do órgão.
De acordo com parlamentares da Mesa Diretora, a nova orientação é aguardar que a prisão temporária decretada contra o vereador, por 30 dias, o faça perder as sessões regulares da comissão e, assim, ele seria excluído do órgão por faltas, seguindo os termos do regimento, que estabelece em seu artigo 64.
Jairinho era o único vereador eleito pelo Solidariedade na Câmara Municipal do Rio. No entanto, ele foi expulso pela legenda na última quinta-feira (8/4), mesmo dia em que o político foi preso acusado de envolvimento no caso Henry Borel Medeiros.
Entenda o caso Henry
O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo Leniel Borel, ele e o filho passaram o fim de semana anterior normal. Por volta das 19h do dia 7, o pai o levou de volta para casa, onde morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido).
Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.
Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O menino morreu às 5h42, segundo registro policial registrado pelo pai da criança.
De acordo com o laudo de exame de necrópsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente. Para especialistas, ação contundente seria agressão.