metropoles.com

Câmara coloca em sigilo registros de entradas de “homem-bomba do STF”

Francisco Wanderley Luiz lançou artefatos explosivos no STF e explodiu um deles contra o próprio corpo

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Foto colorida do homem-bomba Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do homem-bomba Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos - Metrópoles - Foto: Reprodução

A Câmara dos Deputados colocou em sigilo os registros de entrada de Francisco Wanderley Luiz, o “homem-bomba” que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). O atentado, ocorrido em 13 de novembro deste ano, é investigado pela Polícia Federal (PF).

Por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), o Metrópoles requisitou à Câmara os registros de acesso do “homem-bomba” à Casa Baixa nos últimos cinco anos e pediu que fossem indicados quais gabinetes ou unidades ele visitou. A negativa ao acesso ocorreu na última segunda-feira (16/12).

“Informa-se que a divulgação das informações solicitadas envolvem questões sensíveis relacionadas à segurança orgânica da Câmara dos Deputados e o seu acesso irrestrito pode pôr em risco a segurança da Casa, além de comprometer as investigações em andamento, razão pela qual devem ser preservadas no âmbito interno desta instituição”, frisou a Câmara na resposta.

Em resposta, a Casa Baixa ainda citou previsão da Lei de Acesso que autoriza o sigilo quando o compartilhamento da informação pode “comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações”.

Outra implicação, segundo a Casa, estaria relacionada ao compartilhamento da informação possibilitar “pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares”. A resposta, entretanto, não especifica o prazo para que a resposta permaneça sob sigilo.

A reportagem, então, pediu à assessoria de imprensa da Câmara o termo de classificação, documento que formaliza o sigilo a determinado documento, e um posicionamento sobre a decisão de impor sigilo aos registros. Até o momento não houve retorno, mas o espaço segue aberto para eventuais manifestações.

Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, morreu após explodir um dos artefatos caseiros contra a própria cabeça, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Antes, o homem, que era conhecido como Tiü França, provocou uma explosão no estacionamento próximo ao Anexo 4 da Câmara dos Deputados e lançou bombas em direção ao prédio do STF.

No mesmo dia do ataque, Francisco entrou na Câmara para ir ao banheiro. Na ocasião do atentado, a Casa Baixa ainda confirmou que ele esteve no gabinete do deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC) em agosto deste ano.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?