Câmara: candidatos resistem a movimento para construção de nome único
Arthur Lira discutiu com alguns líderes da Câmara dos Deputados a possibilidade de trabalhar em uma candidatura única
atualizado
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As movimentações a respeito da eleição para presidência da Câmara dos Deputados ficaram mais intensas nesta semana, com a saída do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira (SP), e a entrada de Hugo Motta (Republicanos-PB), líder da sigla na Casa Legislativa. O movimento na corrida fez com que os candidatos resistissem à escolha de candidatura única para substituir Arthur Lira (PP-AL).
O líder da maioria, deputado André Figueiredo (PDT-CE), disse na terça-feira (3/9), após reunião com alguns deputados e Arthur Lira, que a Câmara trabalha em uma unidade para sucessão do parlamentar alagoano.
“Necessidade de construirmos essa unidade, essa unidade entre os três principais candidatos, que são pessoas amigas”, pontuou Figueiredo. Na ocasião Marcos Pereira ainda era pré-candidato ao cargo, junto dos líderes Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSD-BA).
O Metrópoles conversou com interlocutores que afirmaram que a saída de Marcos Pereira reiniciou o jogo e que Elmar Nascimento e Antonio Brito não estão dispostos a sair da corrida pela presidência da Casa.
Ainda na terça, o líder da maioria indicou que Elmar Nascimento estaria disposto a abrir mão da candidatura. “Ele [Elmar] já disse que sim, ele já disse para os outros dois que caso haja, digamos assim, uma conjunção de forças que possibilite um outro candidato ser o escolhido, ele não terá nenhum problema em abrir mão disso, hoje, diga-se passagem.”
Agora a situação é diferente com a entrada de Hugo Motta. O líder do Republicanos inclusive chegou a se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) para conseguir o aval dos dois espectros políticos.
Pessoas próximas a Jair Bolsonaro defendem, inclusive, que a eleição de Hugo Motta seria semelhante a eleição de Arthur Lira, que conquistou 464 votos.
No contraponto, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e o líder do União Brasil se encontraram na quarta-feira (4/9) para tratar de uma nova frente do centrão na Casa Legislativa para pressionar o governo Lula. Os políticos desejam unir as siglas do centro para contrapor o bloco do PP, Republicanos e PL, que deve apoiar a candidatura de Hugo Motta.