metropoles.com

Câmara: após adiamentos, comissão vota PL sobre união homoafetiva

Relatório de pastor do PL, que é relator, pretende vetar que uniões homoafetivas sejam equiparadas a casamentos civis

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Breno Esaki/Metrópoles
Público caminha próximo ao Congresso - Metrópoles
1 de 1 Público caminha próximo ao Congresso - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados vota, nesta quarta-feira (27/9), o relatório do projeto de lei (PL) que não equipara a união homoafetiva a um casamento civil. A votação já foi adiada duas vezes, após intensa presença e mobilização da sociedade civil.

Nessa terça-feira (26/9), a comissão realizou uma audiência pública sobre o tema. Entre os convidados que participaram do debate estão o deputado distrital Fábio Félix (PSol-DF), a presidente da Comissão de Diversidade Sexual da OAB-DF Cíntia Cecílio, a representante do Fórum de Diversidade Sexual e de Gênero da Aliança de Batistas e Evangélicxs pela Diversidade pastora Adriana Carla e a representante da Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (Abrafh) Simone Federes.

Nesta quarta, a sessão está prevista para começar às 10h. Três votos serão lidos de forma separada e dez deputados falarão a favor e contra o projeto, com quinze minutos cada.

Se for aprovado na comissão, o texto ainda precisará passar por outros dois colegiados da Câmara: a Comissão de Direitos Humanos (CDH) e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em seguida, vai ao Senado Federal.

O PL nº 580/2007, de autoria do ex-deputado Clodovil Hernandes, estava engavetado havia 16 anos na Câmara e previa, originalmente, que “duas pessoas do mesmo sexo poderão constituir união homoafetiva por meio de contrato em que disponham sobre suas relações patrimoniais”.

Oito projetos foram vinculados (apensados) ao original, e é por meio de um deles que parlamentares conservadores tentam barrar o casamento homoafetivo. O parecer do relator, Pastor Eurico (PL-PE), é contrário aos sete apensados favoráveis, e recomenda a aprovação apenas do PL nº 5.167/2009, assinado pelo ex-deputado Capitão Assumção (PSB-ES). Este afirma que a união homoafetiva não deve ser equiparada ao casamento civil.

No STF

Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou as uniões homoafetivas às compostas por homens e mulheres, reconhecendo assim o casamento entre pessoas do mesmo gênero como um núcleo familiar.

No relatório, Pastor Eurico afirma que o STF “usurpou a competência do Congresso Nacional” na matéria, que teria se pautado “em propósitos ideológicos, o que distorce a vontade da lei e a vontade do povo brasileiro, que somente se manifesta através de seus representantes regularmente eleitos”.

O deputado diz, ainda, que “o casamento é entendido como um pacto que surge da relação conjugal, e que, por isso, não cabe a interferência do poder público, já que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é contrário à verdade do ser humano”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?