Calor sem hora para diminuir: La Niña só deve chegar em 2025. Entenda
Fenômeno costuma reduzir temperaturas, aumentar chuvas no Norte e Nordeste e reduzir precipitações no Sul
atualizado
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A Organização Meteorológica Mundial (OMM) realizou uma revisão nas previsões para a ocorrência do fenômeno La Niña. Com isto, as chances de ela vir a ocorrer ainda neste ano diminuíram.
A La Niña proporciona uma redução nas temperaturas das águas superficiais do Oceano Pacífico equatorial. No Brasil, as repercussões são basicamente temperatura mais amena e a presença de mais chuvas no Norte e Nordeste, além do centro. Para o Sul, se intensifica a redução nas precipitações, além da redução de temperaturas no Sudeste e também no Sul.
Conforme o relatório divulgado pela OMM, que é uma agência de Organização das Nações Unidas (ONU), deste mês até novembro as chances de condições neutras, que é quando nem El Niño nem La Niña atuam, é de 55%.
Na previsão anterior, de junho, a OMM estimou em 60% as possibilidades da chegada da La Niña no período de julho a setembro. Para o período de agosto a novembro, as chances eram estimadas em 70%.
“Desde junho de 2023, vimos uma longa sequência de temperaturas globais excepcionais da superfície terrestre e marítima. Mesmo que um evento de resfriamento de curto prazo La Niña surja, ele não mudará a trajetória de longo prazo do aumento das temperaturas globais devido aos gases de efeito estufa que retêm o calor na atmosfera”, afirmou a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.
A previsão dos modelos meteorológicos, no entanto, mesmo em um cenário de ocorrência de La Niña é que os efeitos sejam mais discretos, pois ela deve se apresentar de forma menos intensa.