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Calor e fogo: “A gente está assustado”, afirma presidente do Ibama

Há um alerta amarelo em decorrência da baixa umidade na região mais central do Brasil, de São Paulo ao norte do Piauí

atualizado

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Incêndio no cerrado próximo à Fundação Oswaldo Cruz, UnB, na L3 Norte. Bombeiros e brigadistas do Brasília Ambiental e controlaram o fogo incêndio época de seca Metrópoles
1 de 1 Incêndio no cerrado próximo à Fundação Oswaldo Cruz, UnB, na L3 Norte. Bombeiros e brigadistas do Brasília Ambiental e controlaram o fogo incêndio época de seca Metrópoles - Foto: Nina Quintana/Metrópoles @ninaquintana

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, afirmou ao Metrópoles que o Brasil tem passado por um período de extremos climáticos e que a situação dos incêndios não deve ser normalizada até meados de outubro.

“Como estou te dizendo, é previsão, é uma situação extrema. A La Niña já era para estar operando no sistema, já era para a gente estar em outra situação. Nesta semana, a frente fria deve durar até quarta-feira [28/8], mas já está entrando uma nova onda de calor, então a gente está bastante assustado com isso, inclusive porque uma nova onda de calor está se formando com muita força e deve ser sentida no Brasil inteiro a partir de quarta-feira”, indicou o presidente do Ibama.

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Bombeiros e brigadistas do Brasília Ambiental  controlaram o fogo no Cerrado
Combate ao fogo no Pantanal exige que brigadistas tenham resistência
Combate ao fogo no Pantanal
Homem acena para avião no Pantanal
Brigadistas no Pantanal combatem fogos de fogo
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Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama

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Bombeiros e brigadistas do Brasília Ambiental controlaram o fogo no Cerrado

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Combate ao fogo no Pantanal exige que brigadistas tenham resistência

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Combate ao fogo no Pantanal

Com o auxílio de aviões, brigadistas do combatem fogo em Corumbá
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Homem acena para avião no Pantanal

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Brigadistas no Pantanal combatem fogos de fogo

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Pantanal já tem milhares de focos de incêndio

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Homem toma água durante trabalho de combate ao fogo

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Pantanal em chamas: focos de incêndio no primeiro semestre batem recorde

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Fumaça encobre o Distrito Federal neste domingo (25/8)

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Fumaça encobre o Distrito Federal neste domingo (25/8)

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Fumaça encobre o Distrito Federal neste domingo (25/8)

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Jucimar de Sousa/Especial para o Metrópoles
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Bombeiros e brigadistas do Brasília Ambiental controlaram o fogo no cerrado

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O fenômeno climático La Niña, responsável pelo resfriamento das águas do Oceano Pacifico, estava previsto para começar no segundo semestre deste ano, em meados de julho e agosto.

Segundo o presidente do Ibama, o aumento dos incêndios no Brasil decorre de uma soma de situações extremas, desde o calor elevado até a baixa umidade do ar. “É uma mistura de condições meteorológicas extremas – seca extrema, calor extremo, baixa umidade, ondas de calor muito intensas – com uma outra situação, que é a ideia da cultura do fogo, a cultura de as pessoas saírem colocando fogo em tudo.”

O Brasil registrou 107.133 focos de calor de 1º de janeiro a 25 de agosto. Esse número representa um aumento de 75% em relação ao mesmo período do ano passado, conforme divulgou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Conter focos de calor

Rodrigo Agostinho informou que a sala de situação do Ibama discute estratégias para conter a quantidade de focos de calor. “Mas, de fato, a gente tem uma crise climática superpesada, a maior seca da Amazônia e a maior seca do Pantanal da história. E isso agrava muito a situação. Além do problema, obviamente que as pessoas não param de colocar fogo e juntar duas coisas.”

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta amarelo de perigo potencial de baixa umidade na região central do país. O alerta abrange Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo e Tocantins.

“A previsão meteorológica é de pelo menos mais dois meses [de incêndios]. Setembro, outubro”, indicou o presidente do Ibama.

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