Calendário de emendas: Congresso mantém veto de Lula à LDO
Acordo foi feito a partir da criação de um cronograma pelo Planalto para pagamento de R$ 20,5 bi em emendas até junho
atualizado
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O Congresso Nacional manteve nesta terça-feira (28/5) o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que incluía o calendário para pagamento das emendas parlamentares. A manutenção foi acordada depois que o Executivo criou um cronograma para o pagamento de R$ 20,5 bilhões em emendas até o final de junho.
Emendas parlamentares são uma forma de deputados e senadores participarem da execução orçamentária. Previstas pela Constituição, elas permitem que os parlamentares destinem recursos para obras e investimentos em suas bases eleitorais.
No início deste ano, Lula vetou trechos da LDO, como a criação de um cronograma para a execução de emendas parlamentares individuais e de bancadas, que seriam pagas integralmente até 30 de junho.
Os vetos desagradaram parlamentares, que argumentam quebra de acordos firmados entre o Executivo e o Legislativo. Deputados e senadores previam que, caso não houvesse recuo do governo, os vetos seriam derrubados em sessão do Congresso.
Após acordo firmado em fevereiro, o governo publicou, então, um decreto que cria o cronograma para o pagamento de emendas neste ano. De acordo com o decreto, o Palácio do Planalto deverá pagar R$ 20,5 bilhões em emendas individuais, de bancada e de comissão até o mês de junho.
O total de emendas parlamentares para 2024 é de R$ 44,67 bilhões, sendo R$ 25,07 bilhões em emendas individuais, R$ 11,05 bilhões em emendas de comissões e R$ 8,56 bilhões em emendas de bancadas estaduais.
A manutenção é uma vitória do governo, já que agora o valor do repasse do Planalto para os congressistas é de R$ 20,5 bilhões até junho, e não do montante total de R$ 44,67 bilhões.