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Caiado defende exclusão de agressores de mulheres do serviço público

Governador de GO falou sobre o assunto em evento de lançamento de programa contra o feminicídio, com participação da ministra Damares Alves

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governador de goiás, ronaldo caiado
1 de 1 governador de goiás, ronaldo caiado - Foto: Reprodução

Goiânia – O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), defendeu em evento nesta quarta-feira (7/4), em Goiânia, com participação da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, a exclusão de agressores de mulheres de funções do serviço público.

O evento marcou o lançamento do programa Todos Por Elas, idealizado pela Associação Comercial, Industrial e dos Serviços de Goiás (Acieg), que visa combater o feminicídio por meio da conscientização de trabalhadores do comércio e da indústria do estado.

Durante discurso, Caiado disse que, para ele, o agressor de uma mulher não pode exercer cargos públicos até que  haja um processo de recuperação, com devida confirmação de que a pessoa esteja pronta para exercer uma função nos serviços da administração estadual ou municipal. “De qualquer órgão”, frisou.

“Eu sou intransigente em relação a isso. O cidadão que pratica esse crime, dentro da minha lógica de raciocínio, não pode ser servidor público. A exclusão desse cidadão da função de servidor público supera qualquer norma constitucional de estabilidade. Não tem estabilidade para quem quer amanhã usufruir da sua condição, seja ela do cargo que ocupa, a condição financeira ou condição física de superioridade para poder atingir sua parceira”, disse.

A ministra Damares Alves lembrou da importância das denúncias no combate aos crimes de agressão e assassinato de mulheres, mesmo de pessoas fora dos relacionamentos conjugais. “Em briga de marido e mulher, todo mundo tem que meter a colher. Acabou isso”, apontou.

Caiado aproveitou a lembrança do ditado e emendou no discurso: “A ministra colocou aqui que em briga de homem e mulher se mete a colher. Aqui em Goiás, ministra, em briga de homem e mulher, nós metemos algema. Essa é a verdade”.

Os casos de violência doméstica aumentaram no Brasil, durante a pandemia. Enquanto em 2019 houve uma redução de relatos via Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), em 2020, até setembro, foi registrado um crescimento de 32,9%. E a maioria das situações denunciadas tem a mulher como vítima.

O contexto preocupa pela iminência do desencadeamento de mortes de mulheres cometidas por parceiros. O Brasil segue entre os líderes do mundo na quantidade de feminicídios. Apesar da rede de proteção, com articulação da polícia, assistência social e judiciário, a recorrência dos casos ainda é uma realidade.

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Ministra Damares Alves participou virtualmente de evento que lançou programa de combate ao feminicídio em Goiás
Evento contou com presença de representantes do poder público e da iniciativa privada
Palestrantes do programa Todos Por Elas, lançado pela Acieg, em Goiás, e que visa combater o feminicídio
Temas que serão abordados no programa Todos Por Elas, lançado nesta quarta-feira pela Acieg, em Goiás
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Governador Ronaldo Caiado, durante discurso no evento. Ele defendeu medidas severas contra agressores de mulheres

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Ministra Damares Alves participou virtualmente de evento que lançou programa de combate ao feminicídio em Goiás

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Evento contou com presença de representantes do poder público e da iniciativa privada

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Palestrantes do programa Todos Por Elas, lançado pela Acieg, em Goiás, e que visa combater o feminicídio

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Temas que serão abordados no programa Todos Por Elas, lançado nesta quarta-feira pela Acieg, em Goiás

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Programa

O Todos por Elas, lançado nesta quarta-feira em Goiânia, será um programa educativo e de conscientização oferecido a trabalhadores de empresas do comércio, da indústria e dos serviços de Goiás. Ele será dividido em seis módulos, com palestras on-line, específicas e direcionadas para homens e mulheres.

Ao fim do curso, cada trabalhador receberá um certificado, que deverá ser encaminhado para os departamentos de Recursos Humanos de cada empresa. A regra estabelece que quando 70% dos funcionários da empresa tiverem participado do programa, a Acieg emitirá um selo de certificação gratuito.

O programa abordará temas, como: cultura e raízes da violência doméstica, masculinidade e machismo, como identificar sinais de violência, justiça restaurativa, autoestima blindada 360º e outros. Todo o material do programa será aplicado por meio da plataforma do Centro Universitário Alves Faria (UniAlfa).

Até esta quarta-feira, segundo o presidente da Acieg, Rubens Fileti, o programa já contava com a adesão de empresas que contabilizam, juntas, 80 mil trabalhadores.

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