Caiado critica Lula após execução de delator do PCC: “Precisa de ação”
Governador alfinetou o governo e disse que para solucionar caso “não precisa de PEC e nem de amarrar as polícias estaduais. Precisa de ação”
atualizado
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), aproveitou o episódio da execução do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, cometida a mando de líderes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) na sexta-feira (8/11), dentro do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para alfinetar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em publicação nas redes sociais, o governador disse que essa é uma oportunidade para o presidente dar uma resposta dura às facções e solucionar o crime. Para isso, no entanto, na visão dele, “não precisa de PEC e nem de amarrar as polícias estaduais. Precisa de ação”.
Caiado menciona, nesse caso, a PEC da Segurança Pública, apresentada pelo presidente aos governadores em reunião no dia 31 de outubro. Na ocasião, ele se posicionou contra o texto e protagonizou momentos de embate direto com Lula. “Não vou botar câmera em policial meu de maneira alguma”, chegou a dizer Caiado.
No sábado (9/11), em publicação crítica ao governo, diante da execução em Guarulhos, o governador destacou o fato de que tudo ocorreu à luz do dia, em um ato de audácia do grupo criminoso e no maior aeroporto do país.
“Atuam à vontade, à luz do dia. Ou o estado brasileiro acaba com as facções ou as facções tomarão de vez o estado brasileiro. O atentado foi cometido no Aeroporto Internacional de Guarulhos, uma área sob jurisdição federal”, escreveu.
O governador, então, fez a crítica ao governo: “Um crime possivelmente fruto de delação sobre lavagem de dinheiro envolvendo o tráfico, que também é da alçada do governo federal. Está aí uma oportunidade para o governo Lula dar uma resposta dura às facções, solucionando o crime e pegando os responsáveis. Para isso não precisa de PEC e nem de amarrar as polícias estaduais. Precisa de ação. Nos EUA, quando se tem um crime federal desta proporção, o FBI entra e resolve. No Brasil, o governo federal fica assistindo”.