Caiado anuncia apoio a Bolsonaro e se encontrará com presidente no DF
Governador reeleito de Goiás manifestou decisão em reunião com prefeitos, deputados e aliados nesta 4ª (5/10). Ele deve estar no DF na 5ª
atualizado
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O governador reeleito Ronaldo Caiado (União Brasil) revelou, em reunião por chamada de vídeo com prefeitos e deputados, que vai apoiar o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) na tentativa de reeleição.
O anúncio oficial do apoio deve ser realizado no Palácio da Alvorada nesta quinta-feira (6/10) em Brasília às 11h, conforme fontes próximas a Caiado confirmam ao Metrópoles.
Crítico à esquerda desde a época de parlamentar, Caiado afirmou na reunião que já defendia as bandeiras contra a esquerda desde antes de Bolsonaro.
Antes de anunciar o apoio, Caiado chegou a falar com o presidente Bolsonaro por duas vezes por telefone e recebeu ligações de ministros. Caiado se reelegeu como governador no último domingo (2/10) com 51,8% dos votos válidos.
Caiado e Bolsonaro tiveram momentos de atrito nos últimos anos, principalmente em relação à pandemia da Covid-19.
Atritos recentes
Depois de ficar muito próximo de Bolsonaro nas eleições de 2018 e de iniciar o governo bastante alinhado com o presidente, Caiado teve uma série de divergências com ele, principalmente a partir da pandemia de Covid-19.
O governador de Goiás criou decretos para garantir o distanciamento social, seguindo recomendações das autoridades de saúde. Já Bolsonaro incentivou aglomerações e duvidou da gravidade da situação.
Na época, Caiado criticou Bolsonaro diretamente, dizendo que o apoiou em 2018, mas não podia admitir que um presidente lavasse as mãos, diante da crise de saúde e econômica.
Isso acabou gerando uma reação de parte dos bolsonaristas, que passaram a atacar Caiado. O governador de Goiás chegou a ser vaiado por bolsonaristas durante uma visita de Bolsonaro a Rio Verde (GO) em abril. Na mesma oportunidade, o presidente chegou a ignorar o governador quando este se aproximou para cumprimentá-lo.
O presidente apoiou outro candidato no primeiro turno, Major Vitor Hugo (PL), que ficou em terceiro lugar. Durante a campanha do primeiro turno, o governador de Goiás não se manifestou sobre a eleição presidencial.