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Cabral é denunciado pela sexta vez na Lava Jato, agora com “Juca Bala”

A denúncia apresentada nesta quarta-feira (8/3) inclui ainda outros seis investigados, incluindo o doleiro

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Carlos Magno / Governo do Rio de Janeiro
Governador Sérgio Cabral
1 de 1 Governador Sérgio Cabral - Foto: Carlos Magno / Governo do Rio de Janeiro

A força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro denunciou pela sexta vez o ex-governador fluminense Sérgio Cabral (PMDB), desta vez pelos crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A denúncia apresentada nesta quarta-feira (8/3) inclui ainda outros seis investigados incluindo o doleiro Vinícius Claret, conhecido como “Juca Bala” e preso na última sexta-feira (4) no Uruguai.

A denúncia é um desdobramento das operação Eficiência e que apontou que o esquema do ex-governador teria movimentado US$ 100 milhões no exterior.

Além de Sérgio Cabral, também foram denunciados: Carlos Miranda (25 crimes de evasão de divisas e 21 crimes de lavagem de dinheiro); Wilson Carlos (25 crimes de evasão de divisas e 18 de lavagem de dinheiro); Sérgio Castro de Oliveira – Serjão (oito crimes de evasão de divisas); Vinicius Claret — Juca Bala (25 crimes de evasão de divisas, nove de corrupção passiva, nove de lavagem de dinheiro e crime de pertencimento à organização criminosa); Claudio de Souza — Tony/Peter (25 crimes de evasão de divisas, nove de corrupção passiva, nove de lavagem de dinheiro e crime de pertencimento à organização criminosa); e Timothy Scorah Lynn (nove crimes de corrupção ativa e nove de lavagem de dinheiro).

A denúncia imputou, ainda, 25 crimes de evasão de divisas, 30 crimes de lavagem de dinheiro e 9 crimes de corrupção passiva a duas pessoas que fizeram acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF).

A denúncia desta quarta abrange, especificamente, os crimes envolvendo a evasão de divisas do grupo criminoso por meio de operações dólar-cabo, expediente utilizado por operadores do mercado negro para remeter recursos para o exterior sem passar pela fiscalização das autoridades bancárias.

De acordo com o MPF, o total ocultado no exterior corresponde a R$ 318.554.478,91, “que representa apenas parte do que amealharam dos cofres públicos, por meio de um engenhoso processo de envio de recursos oriundos de propina para o exterior.”,

Com o acordo já foi possível repatriar US$ 85.383.233,61 provenientes das contas Winchester Development SA, Prosperity Fund SPC Obo Globum, Andrews Development SA, Bendigo Enterprises Limited e Fundo FreeFly em nome dos colaboradores. Os recursos encontram-se depositados em conta judicial na Caixa Econômica Federal.

Atualmente o ex-governador está preso preventivamente em Bangu 8, no Rio e já responde a outras quatro ações penais na Justiça Federal no Rio e a uma na Justiça Federal no Paraná, todas desdobramentos da Lava Jato.

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