Cabral diz que foi “muito desconfortável” ter US$ 100 milhões no exterior
Sérgio Cabral expressou indignação por continuar na prisão: “Essa Lava-Jato do Rio achou em mim um Cristo”
atualizado
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Rio de Janeiro – Em uma sala dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona norte da cidade, Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, expressa indignação por não ter a oportunidade de responder em liberdade ou prisão domiciliar pelos crimes apontados em 32 processos que totalizam até o momento 392 anos de detenção.
“Essa Lava-Jato do Rio achou em mim um Cristo. O juiz achou em mim uma possibilidade de promoção pessoal. Um desconhecido se tornou a pessoa que prendeu Sérgio Cabral”, disse o ex-governador ao jornalista Italo Nogueira, da Folha de S.Paulo. Foi a primeira entrevista de Cabral desde sua prisão em novembro de 2016.
Questionado sobre como se sentia no auge de sua carreira política com visibilidade nacional e U$ 100 milhões escondidos no exterior, Cabral alegou que convivia “muito mal” com a situação. “Era muito desconfortável”.