Butantan testa Coronavac contra variante brasileira do coronavírus
Segundo Dimas Covas, a Coronavac tem mais chances de ser eficiente do que outras vacinas por causa de sua formulação com vírus inativado
atualizado
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São Paulo – Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, afirmou nesta segunda-feira (8/2) que a vacina Coronavac está sendo testada contra a P.1, variante do novo coronavírus que se originou no Brasil, no estado do Amazonas.
“Estamos testando neste momento, com amostras de pessoas vacinadas aqui no Brasil. Teremos o resultado em breve e acreditamos que, pela forma como a Coronavac é produzida, a possibilidade de não haver resposta é menor”, declarou Dimas Covas.
Covas destaca o modo como a Coronavac é produzida – com vírus inativado – porque isso explicaria a razão de esse imunizante ter mais chances de proteger contra a variante P.1 do que, por exemplo, a vacina da Oxford/AstraZeneca – que possui apenas uma proteína como antígeno (proteína S).
“Vacinas que só têm a proteína S têm apresentado um desempenho inferior, principalmente com essa cepa sul-africana. Não é o caso das vacinas de vírus inativado [Coronavac]. Já tem teste quanto a essas duas variantes, a variante inglesa e a da África do Sul, que mostraram um bom desempenho”, afirmou Dimas Covas.
Segundo estudo da Universidade de Oxford, a vacina do consórcio Oxford/AstraZeneca não conseguiu ser eficaz contra a variante de Covid-19 que se originou na África do Sul. Isso levou o governo sul-africano a suspender a vacinação no país.
No Brasil, a vacina Oxford/AstraZeneca está sendo produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).