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São Paulo – À espera de uma oficialização do Ministério da Saúde para a compra e distribuição da Coronavac pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta quinta-feira (17/12) que em janeiro deve ter à disposição 9 milhões de doses da vacina contra a Covid-19.
Com isso, a imunização poderia começar no mês que vem.
“Esperamos que o Programa Nacional de Imunização, além da vontade manifesta de incorporar [a Coronavac], de fato faça a formalização e assine documentos que permitam ao Butantan entregar vacinas. É o que aguardamos. E o cronograma do início da vacinação poderá começar em janeiro”, afirmou Covas, em entrevista coletiva.
O diretor do Butantan afirmou ainda que mais 2 milhões de doses importadas da Coronavac chegam nesta sexta-feira (18/12) a São Paulo. Com o recebimento desse lote, o Butantan já detém 3,12 milhões de doses disponíveis para uso imediato assim que houver autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“Chegarão outros embarques no fim do ano. Em 15 de janeiro, teremos 9 milhões prontas para uso, no começo de fevereiro, 29 milhões de doses, e no início de março, 15 milhões. Esse foi o cronograma solicitado pelo Ministério da Saúde nesta semana”, afirmou.
Solicitação à Anvisa
Segundo Covas, o Instituto Butantan vai solicitar à Anvisa a autorização para uso emergencial da Coronavac (Agência de Vigilância Sanitária), além do registro no órgão e na China.
“Vamos fazer o registro na China e no Brasil, e também vamos dar entrada de uso emergencial aqui no Brasil. Se fizermos isso na semana que vem, como está programado para o dia 23, isso significa que na primeira semana de janeiro poderemos ter uma manifestação da Anvisa. Ou seja, a partir de janeiro, é possível que tenhamos a autorização pro uso da vacina”, afirmou.
Segundo Covas, o instituto recebeu uma manifestação de que há interesse do Ministério da Saúde na aquisição de doses da vacina desde que “autorizadas” pela Anvisa.
“Aqui tem uma mudança, antes era registro e agora é autorizada. Isso significa que foi incorporado o uso emergencial da vacina. Isso é uma boa notícia, visto que a Anvisa colocou o prazo de 10 dias para se manifestar sobre pedidos de uso emergencial. Até então não havia essa definição. Isso mostra que há comprometimento da Anvisa na aprovação de vacinas”, disse.