Butantan pede novamente à Anvisa aprovar uso da Coronavac em crianças
No pedido feito nesta quarta (15/12), o instituto alega ter 15 milhões de doses prontas para serem aplicadas em crianças de 3 a 11 anos
atualizado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, nesta quarta-feira (15/12), novo pedido do Instituto Butantan e do governo de São Paulo para uso da vacina Coronavac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pede que a autorização seja feita o mais rapidamente possível a fim de imunizar as pessoas nessa faixa etária para as festas de fim de ano.
“Desde o ano passado, temos solicitado à Anvisa que autorize a vacinação de crianças. Não há razão para protelação de deliberação sobre aplicar os imunizantes. É hora de tomar uma decisão antes das festas de Natal e de Ano Novo. Países vizinhos ao Brasil, como o Chile, o Equador e Colômbia estão vacinando suas crianças com Coronavac e com a Pfizer”, informou Doria a jornalistas na tarde desta quarta-feira, em entrevista no Supremo Tribunal Federal (STF).
Este é o segundo pedido do Butantan para indicação do imunizante para essa faixa etária: de 3 a 17 anos. O primeiro pedido apresentado em julho foi avaliado pela Anvisa e negado por causa da limitação de dados dos estudos apresentados naquele momento.
O prazo de avaliação da Anvisa para este novo pedido é de até 30 dias. Segundo o Governo de São Paulo, existem 15 milhões de doses prontas para serem fornecidas.
Uso da Coronavac
A vacina Coronavac está autorizada para uso emergencial no Brasil para pessoas com 18 anos de idade ou mais, desde o dia 17 de janeiro de 2021
A solicitação de ampliação de uso da vacina, ou seja, a inclusão de uma nova faixa etária, é feita pelo laboratório responsável pelo imunizante.
De acordo com a Anvisa, para incluir novos públicos na bula, o laboratório precisa conduzir estudos que demonstrem a relação de segurança e eficácia para determinada faixa etária.