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Butantan pede à Anvisa autorização para testar soro anti-Covid

Pedido está em análise pela área técnica, mas agência informa que documentação está incompleta

atualizado

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1 de 1 butantan - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O Instituto Butantan pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para testar em humanos um soro anti-Covid. A pesquisa já teve sucesso na fase de testes em ratos, e, agora, o instituto busca aval para mensurar a eficácia do composto em pacientes com infecção pelo novo coronavírus.

De acordo com a Anvisa, o pedido, feito na terça-feira (2/3), está em análise pela área técnica. “No entanto, até o momento, não foi apresentado o Dossiê Específico de Ensaio Clinico (DEEC), contendo o protocolo clínico do estudo a ser realizado”, diz a agência.

O DEEC, conforme enfatiza a Anvisa, é um dos documentos obrigatórios para análise do Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) do soro Hiperimune ant-SARS-CoV-2.

Esse dossiê é o principal documento para avaliação de um pedido de pesquisa clínica de medicamentos com seres humanos.

Segundo a agência, o procedimento faz parte do processo para que o Butantan possa iniciar os testes clínicos do soro, também conhecido como plasma, que vem sendo desenvolvido para tratar pessoas com Covid-19.

Redução da carga viral

Em nota enviada ao Metrópoles, o Butantan afirmou que no teste de desafio, realizado em parceria com a USP, com ratos infectados pelo vírus vivo foi identificada diminuição da carga viral, além de perfil inflamatório reduzido, e os animais também apresentaram preservação da estrutura pulmonar.

A expectativa é que o soro seja usado para tratar pacientes infectados com sintomas, com objetivo de bloquear o avanço da doença.

O Butantan explica que “o soro é feito a partir de um vírus inativado por radiação, em colaboração com o IPEN, e aplicado em cavalos, que produzem anticorpos do tipo IgG, extraídos do sangue e purificados com uma técnica usada há décadas no instituto”.

Ligado ao Governo de São Paulo, o instituto é responsável pela produção da principal vacina contra a Covid-19 em distribuição no país hoje, a Coronavac,

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Chegada do primeiro lote da Coronavac, em novembro do ano passado, foi de 120 mil doses
Primeiras 120 mil doses da Coronavac chegaram ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no dia 19 de novembro
O lote saiu da China no dia 16 de novembro
Os imunizantes seguiram, com escolta, para o Instituto Butantan
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, e o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas

Governo de São Paulo/Divulgação
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Chegada do primeiro lote da Coronavac, em novembro do ano passado, foi de 120 mil doses

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Primeiras 120 mil doses da Coronavac chegaram ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no dia 19 de novembro

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O lote saiu da China no dia 16 de novembro

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