Butantan nega que Butanvac tenha sido criada nos EUA: “100% nacional”
Instituto diz que a vacina é brasileira e matéria sobre a controvérsia traz o “comunicado não oficial de um pesquisador norte-americano”
atualizado
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O Instituto Butantan divulgou uma nota, na noite desta sexta-feira (26/3), para rebater a informação da Escola de Medicina Icahn, do Instituto Mount Sinai, de Nova York, de que a Butanvac teria sido desenvolvida nos Estados Unidos.
“O Instituto Butantan esclarece que a produção da Butanvac, primeira vacina brasileira contra o novo coronavírus, é 100% nacional, conforme anunciado na manhã desta sexta-feira, 26/3, em coletiva de imprensa”, diz a nota.
Segundo o Butantan, “a vacina é brasileira e dos brasileiros e a matéria publicada pela Folha de S.Paulo traz o comunicado não oficial de um pesquisador de instituição norte-americana”.
Entenda a polêmica
A informação fornecida para a Folha foi dada pelo diretor e professor do departamento de microbiologia do Instituto Mount Sinai, Peter Palese, e, segundo a reportagem, também consta em estudo publicado em dezembro de 2020, assinado por pesquisadores do Mount Sinai e da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill.
“Realizamos com sucesso experimentos com nossa vacina baseada no vírus da doença de Newcastle [NVD, um tipo de gripe aviária]. Enquanto isso, iniciamos testes de fase 1 no Vietnã e na Tailândia com a nossa nova geração (melhorada) de vacina de Covid. Estamos conduzindo um teste de fase 1 aqui no Mount Sinai”, disse o diretor, via e-mail.
“Sim, também temos um acordo com o Instituto Butantan para entrar em testes clínicos no Brasil usando nosso vetor de vacina NVD. Também estamos desenvolvendo vacinas para variantes da Covid-19 baseadas nas versões sul-africana e brasileira para o Instituto Butantan”, acrescentou.