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Butantan inicia primeira fase de estudo clínico com Butanvac

Nesta etapa, 418 voluntários receberão doses da vacina ou de placebo para testar segurança e eficácia do imunizante contra a Covid-19

atualizado

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Butanvac Equipe Fabio Vieira
1 de 1 Butanvac Equipe Fabio Vieira - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O Instituto Butantan e a Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto iniciaram nesta sexta-feira (9/7) a primeira fase dos estudos clínicos com a Butanvac, imunizante 100% brasileiro contra a Covid-19.

As fases 1 e 2 dos ensaios clínicos da vacina serão divididas nas etapas A, B e C. Na A, realizada na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, participarão 418 voluntários que vão receber vacina ou placebo nas próximas semanas, com objetivo de verificar a segurança do imunizante e qual a dose necessária do composto. Os estudos são coordenados pelo médico da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, Rodrigo Calado.

De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, serão testadas três doses: 1 micrograma, 3 microgramas e 10 microgramas. “Obviamente que a gente torce para ser a melhor resposta com 1, porque consequentemente teríamos muitas vacinas disponíveis. Mas estamos com o nosso sistema de produção preparado qualquer que seja a dosagem”, disse.

Depois, passam-se para as fases B e C, que vão envolver até 5 mil voluntários. Nesta etapa, participarão pessoas que já tomaram outras vacinas, que já tiveram Covid-19 e pessoas que não foram vacinadas e nem tiveram a doença.

“É um estudo absolutamente sério, ninguém sabe o que vai receber, e o objetivo dessa fase é observar a fase imunológica. Ou seja, qual é acréscimo de resposta imunológica que a Butanvac faz em relação às vacinas anteriores e às pessoas que não tomaram ou não tiveram a doença”, explicou Covas.

Caso o estudo conclua que a Butanvac tem eficácia superior às demais vacinas que estão disponíveis no país, inclusive a Coronavac, o instituto vai solicitar à Anvisa a autorização do uso emergencial do novo imunizante. O estudo deve durar 17 semanas no máximo, mas Covas disse que espera que as respostas sobre segurança e eficácia da vacina apareçam antes disso.

Assim, explicou o diretor do Instituto Butantan, que “não necessariamente terá que ter as três fases”, pois quando houver efetividade das vacinas, “o estudo vai prosseguir, mas isso já permitiria o uso da vacina ao menos em esquema emergencial”.

Na manhã desta sexta, seis voluntários passaram por exames de triagem no Hemocentro do HC de Ribeirão Preto. Farão parte do estudo inicialmente pessoas com mais de 18 anos não vacinadas e que não foram expostas ao vírus. De acordo com o governo de São Paulo, há 10 milhões de doses prontas da Butanvac aguardando a conclusão desse estudo.

 

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