Butantan diz que espessura de agulha deve ser indicada pela Saúde
Segundo o instituto, é possível retirar “doses extras” de cada ampola de vacina
atualizado
Compartilhar notícia
O Instituto Butantan, que produz a vacina Coronavac no Brasil, informou, por meio de assessoria de imprensa, que a espessura das agulhas para aplicação da substância deve ser definida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI).
A informação foi compartilhada nesta sexta-feira (29/1), após a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, afirmar que funcionários do instituto recomendaram o uso de agulhas mais finas para a aplicação.
Segundo a reportagem, o uso da ferramenta com 1 milímetro de espessura evitaria o desperdício do líquido. Enquanto isso, agulhas mais grossas, de 3 milímetros, deixam escapar parte da substância no momento da aplicação.
Em publicação nas redes sociais na última terça-feira (26/1), o Instituto Butantan explicou que de fato é possível economizar parte do líquido e retirar “doses extras” dos frascos de vacina. Cada vidro comporta 10 doses, mas “seguindo as boas práticas de fabricação”, é possível retirar até duas doses extras, garantindo a vacinação de 12 pessoas com o líquido de uma só ampola.
“Utilizando com cuidado, é possível ganhar mais doses e, assim, salvar mais vidas”, afirma a publicação do Instituto no Instagram.
Ver essa foto no Instagram
Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde disse a aplicação da vacina contra Covid-19 deve ser feita por meio de seringas de plástico descartáveis, “de 1/0 mL, 3,0mL, 5,0mL”. Em relação às agulhas, a recomendação é de que a ferramenta seja descartável para uso intramuscular, nas seguintes medidas: 25 x 6,0 dec/mm; 25 x 7,0 dec/mm; 25 x 8,0 dec/mm e 30 x 7,0 dec/mm
Além disso, a pasta afirmou que orienta gestores e profissionais de todos os estados e do DF sobre os procedimentos adotados nas campanhas de vacinação. ” Foram enviados documentos técnicos com informações sobre os grupos prioritários, contraindicações da vacina, registro da aplicação, entre outras orientações técnicas relevantes”, informou a pasta.
A vacinação contra a Covid-19 começou em São Paulo, no dia 17 de janeiro, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar o uso emergencial de duas vacinas: a Coronavac, produzida pelo Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinvac, e a de Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A agência já autorizou o uso emergencial de 10,8 milhões de doses da Coronavac. Todos os estados brasileiros iniciaram campanhas de vacinação.