Buscas por bimotor que caiu no mar tem ajuda de avião com sonar do DF
Bombeiros do Rio ganharam apoio da corporação do DF, que enviou mergulhadores e o avião para encontrar copiloto e passageiro de bimotor
atualizado
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Rio de Janeiro – As buscas para encontrar o copiloto e o passageiro do bimotor que caiu no mar entre Ubatuba, no litoral de São Paulo, e Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro, agora tem a ajuda de um avião com sonar. O Corpo de Bombeiros do RJ pediu apoio à Corporação do Distrito Federal na última sexta-feira (3/12) para encontrar José Porfírio de Brito Júnior, de 20 anos, e o empresário Sérgio Alves Dias, de 45.
Quatro mergulhadores especializados na operação com sonar foram enviados pelo Corpo de Bombeiros do DF. São eles: o Tenente Coronel Eloízio Ferreira do Nascimento, o 1° Sargento Danilo Silva Brites, o 1° Sargento Jhonny Marconi Rocha Lima Batista dos Santos e o Cabo Rafael Alberto Queiroz Costa. A força tarefa chegou em Paraty por volta do meio-dia deste domingo (5/12).
“O CBMDF deve apoiar nas buscas dos despojos e do avião por meio do equipamento SIDE SCAN SONAR (Sonar de Varredura Lateral) e equipe conjunta do CBMERJ. O Sonar do CBMDF já foi utilizado em várias operações em Brasília, este equipamento foi responsável pela localização de um rapaz que caiu de uma lancha no Lago Paranoá, em outubro de 2020, e mais recentemente foi responsável pela localização de um veleiro naufragado no Lago Paranoá”, explicou a corporação brasiliense.
Apenas o corpo do piloto, Gustavo Carneiro, de 27 anos, foi encontrado na quinta-feira (25/11), um dia após o acidente aéreo. Ele foi cremado no sábado, dia 27 de novembro, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Ele foi homenageado pela mãe após a cremação.
A família já vinha fazendo críticas constantes à Marinha do Brasil, já que a corporação não passava informações. Segundo os parentes, a corporação nega que seja responsável pelas buscas no mar e, segundo a família, não cedeu os equipamentos necessários para a busca específica, como o sonar que pode identificar destroços em águas profundas.
Em entrevista ao Metrópoles nesta quarta-feira, a namorada de José Porfírio, Thalya Ares Viana, pontuou que os equipamentos de busca que vem sendo utilizados são de embarcações particulares, sem o alcance necessário.
“A rotina da família, dos conhecidos, dos solidários e a minha e a de acompanhar e ajudar nas buscas. Mudei para Paraty para isso. E estamos nos mobilizando intensamente nas redes sociais. Precisamos de ajuda especializada, precisamos dos equipamentos da Marinha”, disse Thalya, de 20 anos.
Buscas permanecem
As buscas por José Porfírio, que era copiloto e proprietário do bimotor, e pelo empresário Sérgio Alves Dias Filho, de 45, que fretou o voo, eram realizadas pela Força Armada Brasileira e pelo Corpo de Bombeiros desde o dia 25 de novembro. O bimotor decolou, com atraso, em Campinas. O voo estava previsto para sair às 17h, mas só partiu às 20h30 do dia 24.
O último contato com a aeronave foi feito às 21h40, pela torre do Rio de Janeiro. O avião estava em situação normal, com autorização para realizar voos noturnos, porém, não tinha permissão para fazer táxi aéreo.
Em nota, a FAB informou que as buscas vêm sendo feitas com auxílio de uma “aeronave C-130 Hércules, que decolou às 5h da manhã”. “Um helicóptero H-36 Caracal permanece à disposição, podendo ser acionado em caso de necessidade de resgate e, até o momento, uma área de mais de 5700 km² do litoral foi coberta pela busca aérea”, completa.