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“Bulbo úmido”: o que é o fenômeno que pode tornar Brasil inabitável

A temperatura de “bulbo úmido”, que combina temperatura e umidade do ar, é mais precisa para medir o conforto térmico e o impacto no corpo

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Imagem colorida de sol. Calor extremo - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de sol. Calor extremo - Metrópoles - Foto: Getty Images

O calor extremo, considerado o fenômeno climático mais letal, pode tornar áreas do Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste do Brasil inabitáveis em 50 anos. Utilizando dados de satélite, a Nasa, agência espacial norte-americana, fez análise das áreas mais vulneráveis do planeta e projeções de temperatura de “bulbo úmido”.

A temperatura de bulbo úmido, que combina temperatura e umidade do ar, é mais precisa para medir o conforto térmico e o impacto no corpo humano.

Por exemplo, 35°C de bulbo úmido equivalem a 45°C com 50% de umidade, resultando em uma sensação térmica de 71°C, mais escorchante do que no deserto.

As recentes ondas de calor nos Estados Unidos e Europa giram em torno de 30°C de bulbo úmido, enquanto lugares como Paquistão e países do Golfo Pérsico registram valores ainda mais altos.

Mesmo uma pessoa saudável superaquecerá e poderá morrer se permanecer numa temperatura de bulbo úmido superior 35°C por mais de seis horas.

A temperatura de bulbo úmido afeta diretamente o corpo humano, pois influencia o processo de resfriamento do organismo por meio da transpiração. Em ambientes com alta umidade relativa, a evaporação do suor é mais lenta, dificultando a dissipação do calor corporal e aumentando a sensação de desconforto térmico.

Quando a temperatura de bulbo úmido atinge valores muito elevados, o corpo humano pode ter dificuldades em regular sua temperatura interna, o que pode levar ao surgimento de doenças relacionadas ao calor, como a insolação e o esgotamento térmico.

Veja os principais motivos para a possível inabitabilidade no Brasil

Aumento do nível do mar

O derretimento de geleiras e calotas polares está elevando o nível do mar, ameaçando cidades costeiras, como o Rio de Janeiro. A elevação do mar pode deslocar populações e causar danos significativos às infraestruturas.

Eventos climáticos extremos

Ondas de calor, secas prolongadas, inundações e furacões se tornarão mais frequentes e intensos. Esses eventos extremos podem devastar a agricultura, danificar infraestruturas e impactar gravemente a saúde humana.

Mudanças nos padrões de precipitação

Regiões áridas podem se tornar ainda mais secas, enquanto outras enfrentarão chuvas torrenciais, resultando em inundações e erosão do solo. O Nordeste brasileiro já enfrenta desafios significativos relacionados à escassez de água.

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Desmatamento em terreno de Presidente Prudente
Desmatamento
Amazônia
Desmatamento na Amazônia
Poluição no bairro Jardins, em São Paulo
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Pantanal

Gustavo Figueiroa, diretor do SOS Pantanal
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Desmatamento em terreno de Presidente Prudente

Divulgação/Polícia Militar Ambiental
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Desmatamento

Kamikia Kisedje/ WWF-Brasil
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Amazônia

Victor Moriyama/Getty Images
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Desmatamento na Amazônia

Wilson Dias/Agência Brasil
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Poluição no bairro Jardins, em São Paulo

Wikicommuns
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A poluição saltou nos últimos anos. O aumento é causado principalmente pela queima de petróleo e derivados

Reprodução/Pinterest
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Baía de Guanabara

Tomaz Silva/Agência Brasil

 

Acidificação dos oceanos

O aumento de dióxido de carbono na atmosfera está tornando os oceanos mais ácidos, prejudicando a vida marinha. Isso afeta especialmente corais e crustáceos, que são cruciais para os ecossistemas oceânicos.

Perda de biodiversidade

As mudanças climáticas podem levar à extinção de diversas espécies de plantas e animais, desestabilizando ecossistemas inteiros. Estima-se que a Amazônia possa perder até 60% de suas espécies até o fim do século.

Impactos na saúde humana

O calor extremo, a poluição do ar e a disseminação de doenças, como malária e dengue, aumentam o risco de problemas de saúde respiratórios, cardiovasculares e infecciosos.

Impactos socioeconômicos

O aquecimento global pode provocar migrações em massa, conflitos por recursos e perdas econômicas significativas. Países em desenvolvimento, como os da África e da Ásia, são particularmente vulneráveis.

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