Bruno e Dom: voluntários acham sinais de escavação em área de busca
Segundo os militares encarregados pela busca, será realizada uma varredura mais aprofundada no local com indícios de escavação
atualizado
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Na manhã desta sexta-feira (10/6), voluntários que atuam na busca do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips encontraram sinais de escavação às margens do Rio Itaquaí, próximo a Atalaia do Norte – perímetro onde a investigação está sendo realizada.
No sexto dia de procura, militares do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, do Exército e da Marinha e agentes da Defesa Civil trabalham na busca, que ocorre abaixo da Comunidade Cachoeira. Atalaia do Norte era o destino de Dom e Bruno, que foram vistos navegando na região, mas nunca chegaram ao destino.
O subtenente do Corpo de Bombeiros, Geonivan de Amorim Maciel, explicou ao G1 o que o sinal de escavação na margem do rio pode significar.
“A gente não pode dizer que tem vestígio concreto no local, mas vamos verificar a situação para ver se realmente tem algo ali que possa identificar os dois desaparecidos. O relato é de “terra batida” [mexida], como se alguém tivesse cavado algo, enterrado alguma coisa, jogado barro no fundo. Vamos fazer uma varredura no fundo para ver se encontra algo”, disse o militar.
De acordo com a Polícia Federal (PF), que também integra a força-tarefa, nas últimas 24 horas, a Operação Javari realizou busca fluvial na região do Rio Itacoaí, onde Bruno e Dom foram vistos pela última vez.
“Foram percorridos cerca de 100 km, computando a calha do Rio Itacoaí e seus afluentes. Todas as comunidades no percurso foram abordadas, especialmente as de Santa Cruz, Cachoeira, São Gabriel e São Rafael”, informou a corporação, em nota.
“[Desde] Atalaia do Norte até a base da Funai [Fundação Nacional do Índio], na entrada da terra indígena Vale do Javari, percorremos todos os pontos de interesse para a busca aos desaparecidos e para as investigações”, acrescentou.
Segundo apurações preliminares, o principal suspeito no caso é Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”, de 41 anos. O homem foi preso em flagrante na terça-feira (7/6) e teve a prisão temporária por mais cinco dias decretada logo após a audiência de custódia.
Equipes de investigação encontraram sangue – que está sendo periciado – na lancha de “Pelado”. Além disso, testemunhas contaram aos policiais que viram o suspeito perseguindo Dom e Bruno.
Conforme indicam os relatos, o barco de Amarildo, apreendido pelos investigadores, passou em alta velocidade atrás da embarcação em que Bruno Pereira e Dom Philips estavam. O indigenista tinha uma visita agendada com o líder comunitário da região apelidado de “Churrasco”, tio de Amarildo da Costa de Oliveira. A reunião tinha como objetivo tratar do trabalho conjunto entre os ribeirinhos e indígenas na vigilância do território.
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