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Bruno e Dom: voluntários acham sinais de escavação em área de busca

Segundo os militares encarregados pela busca, será realizada uma varredura mais aprofundada no local com indícios de escavação

atualizado

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Barco flutuando na água com pessoas dentro - Metrópoles
1 de 1 Barco flutuando na água com pessoas dentro - Metrópoles - Foto: Divulgação

Na manhã desta sexta-feira (10/6), voluntários que atuam na busca do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips encontraram sinais de escavação às margens do Rio Itaquaí, próximo a Atalaia do Norte – perímetro onde a investigação está sendo realizada.

No sexto dia de procura, militares do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, do Exército e da Marinha e agentes da Defesa Civil trabalham na busca, que ocorre abaixo da Comunidade Cachoeira. Atalaia do Norte era o destino de Dom e Bruno, que foram vistos navegando na região, mas nunca chegaram ao destino.

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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados
Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros
Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno
O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso
A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru
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Arquivo pessoal
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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados

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Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros

Divulgação/Funai
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Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno

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O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso

Erlon Rodrigues/PC-AM
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A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru

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Alvo da cobiça de garimpeiros, o Vale do Javari é usado como rota para tráfico de cocaína

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Em 19 de junho, a polícia informou ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres. Segundo a PF, “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”

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Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa

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PF já apreendeu dois pescadores suspeitos de participar no desaparecimento

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Governo afirmou que faz buscas em meio aéreo, marítimo e terrestre

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No dia seguinte, a Univaja emitiu comunicado informando, oficialmente, o sumiço dos homens. Em seguida, equipes da Marinha, Polícia Federal, Ministério Público Federal e do Exército foram mobilizadas e deram início a uma operação de busca

Reprodução/Redes sociais

O subtenente do Corpo de Bombeiros, Geonivan de Amorim Maciel, explicou ao G1 o que o sinal de escavação na margem do rio pode significar.

“A gente não pode dizer que tem vestígio concreto no local, mas vamos verificar a situação para ver se realmente tem algo ali que possa identificar os dois desaparecidos. O relato é de “terra batida” [mexida], como se alguém tivesse cavado algo, enterrado alguma coisa, jogado barro no fundo. Vamos fazer uma varredura no fundo para ver se encontra algo”, disse o militar.

De acordo com a Polícia Federal (PF), que também integra a força-tarefa, nas últimas 24 horas, a Operação Javari realizou busca fluvial na região do Rio Itacoaí, onde Bruno e Dom foram vistos pela última vez.

“Foram percorridos cerca de 100 km, computando a calha do Rio Itacoaí e seus afluentes. Todas as comunidades no percurso foram abordadas, especialmente as de Santa Cruz, Cachoeira, São Gabriel e São Rafael”, informou a corporação, em nota.

“[Desde] Atalaia do Norte até a base da Funai [Fundação Nacional do Índio], na entrada da terra indígena Vale do Javari, percorremos todos os pontos de interesse para a busca aos desaparecidos e para as investigações”, acrescentou.

Segundo apurações preliminares, o principal suspeito no caso é Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”, de 41 anos. O homem foi preso em flagrante na terça-feira (7/6) e teve a prisão temporária por mais cinco dias decretada logo após a audiência de custódia.

Equipes de investigação encontraram sangue – que está sendo periciado – na lancha de “Pelado”. Além disso, testemunhas contaram aos policiais que viram o suspeito perseguindo Dom e Bruno.

Conforme indicam os relatos, o barco de Amarildo, apreendido pelos investigadores, passou em alta velocidade atrás da embarcação em que Bruno Pereira e Dom Philips estavam. O indigenista tinha uma visita agendada com o líder comunitário da região apelidado de “Churrasco”, tio de Amarildo da Costa de Oliveira. A reunião tinha como objetivo tratar do trabalho conjunto entre os ribeirinhos e indígenas na vigilância do território.

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