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Bolsonaro: “Vamos tomar atitudes para amenizar o sofrimento de todos”

Presidente comandará comitiva que irá neste sábado a Brumadinho, onde barragem rompeu, para dar apoio às vítimas e ver danos ambientais

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), fez um comunicado rápido no início da noite desta sexta-feira (25/1), no Palácio do Planalto, sobre a tragédia que atingiu a cidade de Brumadinho, em Minas Gerais. Segundo ele, desde que soube que a barragem havia se rompido, determinou “que tropas se deslocassem para a região”. “Determinei ainda que ministros fossem para lá e que o estado criasse um comitê de crise para centralizar todas as informações”, afirmou.

O presidente confirmou que comandará uma comitiva que irá ao local.

O momento é de tristeza para todos. Há 200 desaparecidos e esperamos que o pior não tenha acontecido. Determinei que nos colocassem as informações em tempo real para tomarmos as medidas cabíveis para minorar o sofrimento da região e de familiares de possíveis vítimas, bem como a questão ambiental

Jair Bolsonaro, presidente da República

Com ele, estarão a primeira-dama Michelle Bolsonaro e o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo Silva. No aeroporto de Confins, se incorporarão ao grupo o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o presidente da Vale, Fábio Schvartsman. “Partiremos para Belo Horizonte e sobrevoaremos a região, para, reavaliando os danos, tomarmos medidas cabíveis para amenizar o sofrimento da população e a questão ambiental”, completou. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, já está na área afetada.

Desastre
Mais cedo, nesta sexta, houve a ruptura da barragem Mina Feijão, com vazamento de rejeitos de minérios. Rodovias, córregos e áreas de plantação foram invadidos pela lama. Moradores tiveram que deixar suas casas – especialmente os que residem na parte mais baixa da região. Equipes de bombeiros e da Defesa Civil foram mobilizadas para a área e estão em busca de vítimas: segundo os socorristas, há 200 pessoas desaparecidas.

A Prefeitura Municipal de Brumadinho chegou a pedir, por meio das redes sociais, que a população da cidade mantenha distância do Rio Paraopeba, um dos principais afluentes do Rio São Francisco. Até o momento, não há informações sobre mortos. Os feridos são levados ao Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.

Mourão fala em agilidade o governo
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta que o desastre em Brumadinho não pode ser atrelado ao governo Bolsonaro, que hoje fez 25º dia no comando da nação. Segundo o vice, o Palácio do Planalto atuou com agilidade após o rompimento da barragem da Vale e criou um gabinete de crise para avaliar possíveis medidas que possam amenizar as consequências da tragédia.

Confira, abaixo, a nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) sobre as providências adotadas.

“O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, está em deslocamento para a região do acidente e deverá orientar a abertura de um gabinete que centralizará as informações a respeito das atividades realizadas.

Estão em deslocamento equipes do Ibama, do Serviço Geológico do Brasil e da Agência Nacional de Mineração.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, e o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas, chegam ainda nesta quinta à noite a Belo Horizonte para acompanhar e apoiar o trabalho das defesas civis locais, tendo como prioridades, neste momento, o socorro e assistência à população afetada.

Equipes do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres estão em permanente contato com representantes da prefeitura e governo do estado para orientar nas primeiras ações de resgate às possíveis vítimas e demais necessidades emergenciais.

A Agência Nacional de Águas realiza as seguintes atividades:

Coordena ações para a manutenção do abastecimento das cidades que captam água ao longo do Rio Paraopeba.

Monitora a onda de rejeitos e estima que poderá ser amortecida na Barragem da Usina Hidrelétrica do Retiro Baixo, a 220 km do local do rompimento.

O Ministério da Defesa realiza as seguintes atividades:

Determinou que o Comando Militar do Leste, por meio da 4ª Região Militar, coordene das ações das Forças Armadas em apoio à Defesa Civil de Minas Gerais.

Disponibilizou três helicópteros de médio porte, equipados e com integrantes de cada Força Armada (Marinha, Exército e Aeronáutica), para atuar em operações de transporte, busca e resgate e permanecerão à disposição das operações na região atingida.

Analisa as imagens de satélite de alta resolução da área para fornecer dados sobre os impactos do acidente”.

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