Brigadeirão: família diz que suspeita “fez besteira” a mando de cigana
Suspeita de envenenar o namorado com um brigadeirão, Júlia Andrade Cathermol se entregou à polícia na noite dessa terça-feira (4/6)
atualizado
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A mãe e o padrasto de Júlia Andrade Cathermol, suspeita de envenenar o empresário Luiz Marcelo Ormond, afirmaram, em depoimento à Polícia Civil na terça-feira (4/6), que ela teria confessado o crime para os dois, horas antes de ser detida. A mulher se entregou na terça à noite.
“Foi por isso que trouxemos a mãe e o padrasto dela para a delegacia. Imaginamos que iria ajudar na negociação para ela se entregar”, aponta um investigador.
Carla Cathermol e Marino Leandro, que moram na cidade de Maricá, na região dos Lagos no Rio de Janeiro, prestaram depoimento na 25ª Delegacia de Polícia na noite de terça-feira (4/6). Eles eram esperados às 15h, mas, como não comparecerem voluntariamente, foram conduzidos por agentes até o local.
De acordo com a declaração de Carla, mãe de Júlia, a mulher disse que a filha informou que “fez uma besteira obrigada por Suyany (Breschack)”, a cigana suspeita de participação no crime. As informações são do g1.
Segundo os depoimentos, Carla e Marino estiveram presentes na casa de Júlia em 27 de maio e perceberam a filha “aflita e abatida”. A mãe, então, decidiu levá-la para Maricá, local onde mora, e Júlia afirmou que “estava sob forte ameaça de Suyany há muito tempo”.
Além disso, Júlia relatou à mãe que acreditava que a cigana iria matar toda a família “por meio de feitiçarias”.
Carla disse que a filha admitiu que entregou os bens de Luiz Marcelo para Suyany. Segundo o padrasto, a todo o tempo, Júlia afirmava que tinha feito uma besteira. “Eu acabei com a minha vida”, teria dito a moça.
Prisão
Júlia, acusada de dissolver 50 pílulas de um remédio com altas doses de morfina em um brigadeirão para envenenar o namorado, Luiz Marcelo, entregou-se à polícia na noite desta terça-feira (4/6) e acabou detida. A mulher estava foragida desde 28 de maio, quando foi expedido o mandado de prisão.
A psicóloga se encontrava escondida em um imóvel no bairro de Santa Teresa, na região central do Rio de Janeiro.
Investigadores informaram que a mulher permaneceu em silêncio na 25ª DP, mas a sua advogada, Hortência Menezes, afirma que ela pretende colaborar com as investigações.
Suspeita de ajudar Júlia, a cigana Suyany Breschack também está presa por participação no homicídio. Em depoimento, Suyany confessou que ajudou a dar fim aos pertences da vítima e revelou que boa parte dos ganhos vinha de pagamentos de Júlia, valor que é estimado em R$ 600 mil.