Briga precedeu ataque a tiros em acampamento pró-Lula, diz advogada
De acordo com Márcia Koakosk, uma das vítimas do atentado, houve um bate-boca antes dos disparos contra os apoiadores do ex-presidente
atualizado
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A advogada Márcia Koakoski, de 42 anos, uma das vítimas do ataque a tiros contra o acampamento montado em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Curitiba, na madrugada de sábado (28/4), afirmou que um bate-boca e ameaças de morte precederam o crime. Ela foi ferida no ombro por estilhaços de um banheiro químico atingido por um dos disparos. “Fisicamente, não foi grave, mas estou abalada psicologicamente”, disse em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.
“Acordei 1h30 da manhã, com uma frenada brusca de carro. Ouvi gritos de ‘Bolsonaro presidente’, além de xingamentos aos vigilantes que estavam ali, nos guardando”, contou a advogada. Em seguida, de acordo com o depoimento dela, os seguranças do acampamento reagiram soltando fogos de artifício para espantar os agressores. “Mas, nesse momento, um deles ameaçou o companheiro dizendo: ‘vou voltar aqui e te matar”, relata.
Vídeos
Imagens de câmeras de segurança divulgadas pela polícia mostram um homem efetuando os disparos. A advogada é da cidade de Xangri-Lá, Rio Grande do Sul, e seguiu para Curitiba com o objetivo de passar três dias no acampamento “Marisa Letícia”, a fim de manifestar apoio ao ex-presidente Lula, preso no prédio da Polícia Federal desde o último dia 7.
Além de Márcia, o presidente do sindicato dos motoboys de Santo André, Jefferson Menezes, também foi atingido. O caso dele é mais grave. Menezes foi alvejado no pescoço e permanece internado – o quadro dele é estável, mas sem previsão de alta. Um inquérito foi instaurado e a vítima deve prestar depoimento sobre o episódio tão logo estiver em condições.
Denúncia
O delegado titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba, Fábio Amaro, afirma que um homem chegou em um carro preto, modelo sedã, e foi caminhando até o acampamento. Depois de efetuar os disparos, fugiu.
“A DHPP pede a quem tiver qualquer informação sobre o caso para ligar no telefone 0800-643-1121. A ligação é gratuita e anônima”, afirma, em nota, a Polícia Civil.