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Brics abre as portas para 6 países: “Representamos 36% do PIB global”, diz Lula

Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã agora fazem parte do Brics. Medida vale a partir de 1º/1/2024

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1 de 1 Imagem colorida mostra Brics faz sua reunião final na África do Sul - Metrópoles - Foto: PR/Divulgação

A 15ª Cúpula do Brics, que termina nesta quinta-feira (24/8), em Joanesburgo, na África do Sul, anunciou a entrada de seis países no bloco. Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã agora fazem parte do grupo.

Eles se unem aos atuais membros: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A entrada de novos países era um dos principais objetivos da reunião, que começou na última terça-feira (22/8).

“Agora, o PIB do Brics eleva-se para 36% do PIB global em paridade de poder de compra e 46% da população mundial”, comemorou o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em discurso no fim do evento. “O Brics continuará aberto a novos candidatos e, para isso, aprovamos também critérios e procedimentos para futuras adesões”, pontuou o mandatário.

A entrada dos novos membros começa a valer a partir de 1º de janeiro de 2024, com a necessidade de os novatos cumprirem uma série de exigências. Mas a própria adesão foi feita a partir de concessões feitas pelos integrantes originais. O Brasil, por exemplo, tinha restrições a países com sistema ditatorial. Abriu mão, porém, com o reforço de uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU.

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Após o economista britânico Jim O'Neill realizar estudo sobre as economias emergentes e as perspectivas de crescimento dos países com essas características, ele cunhou a sigla Bric
À época, o crescimento do Brasil ainda gerava dúvidas e a Rússia não se desenvolvia, pois estava estagnada. Por outro lado, a China vivia ascensão dentro do cenário econômico mundial. Mesmo sem acompanharem o crescimento do país atualmente comandado por Xi Jinping, os demais membros também eram consideradas economias emergentes
Diante do resultado dos estudos do economista, os noticiários passaram a usar o nome, mencionando positivamente a boa perspectiva de crescimento dos países. Eles, então, resolveram se juntar e formar um bloco econômico
Em 2009, portanto, o bloco foi oficializado e, em 2011, a África do Sul foi agregada ao grupo. A partir de então, a letra S, representando o último país-membro, foi inserida na sigla, que passou a ser chamada de Brics
Entre os principais objetivos do bloco estão: o fortalecimento da economia dos países-membros, a institucionalização do grupo, cooperação entre as nações nas áreas científicas, acadêmicas, técnicas e culturais, e a criação de um banco para reservas emergenciais
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Formado por países de economias emergentes, o Brics (sigla para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) foi criado em 2001. O nome foi primeiramente usado para se referir ao crescimento econômico de alguns países ao redor do mundo

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Após o economista britânico Jim O'Neill realizar estudo sobre as economias emergentes e as perspectivas de crescimento dos países com essas características, ele cunhou a sigla Bric

Alan Santos/PR
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À época, o crescimento do Brasil ainda gerava dúvidas e a Rússia não se desenvolvia, pois estava estagnada. Por outro lado, a China vivia ascensão dentro do cenário econômico mundial. Mesmo sem acompanharem o crescimento do país atualmente comandado por Xi Jinping, os demais membros também eram consideradas economias emergentes

MUNEYOSHI SOMEYA - POOL /GETTY IMAGES
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Diante do resultado dos estudos do economista, os noticiários passaram a usar o nome, mencionando positivamente a boa perspectiva de crescimento dos países. Eles, então, resolveram se juntar e formar um bloco econômico

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Em 2009, portanto, o bloco foi oficializado e, em 2011, a África do Sul foi agregada ao grupo. A partir de então, a letra S, representando o último país-membro, foi inserida na sigla, que passou a ser chamada de Brics

Kutay Tanir/Getty Images
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Entre os principais objetivos do bloco estão: o fortalecimento da economia dos países-membros, a institucionalização do grupo, cooperação entre as nações nas áreas científicas, acadêmicas, técnicas e culturais, e a criação de um banco para reservas emergenciais

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O Banco do Brics, criado em 2014, é sediado em Xangai, na China. Além de garantir reservas para os países-membros, o banco também funciona como alternativa para o Fundo Monetário Internacional e para o Banco Mundial

Reprodução/ New Development Bank
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Entre as características do bloco está o fato de todos os países serem emergentes. Países com economias emergentes são países subdesenvolvidos que apresentam crescimento econômico próspero e com características que os diferenciam de economias periféricas

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Recentemente, após a Rússia invadir a Ucrânia, o posicionamento dos países do Brics em votação de resolução para punir a Rússia na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou divergências entre as nações

Stringer /Agência Anadolu via Getty Images
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China, Índia e África do Sul se abstiveram, enquanto o Brasil foi o único país do bloco a votar a favor da resolução – e, portanto, contra a Rússia

Michael M. Santiago/Getty Images
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A China evitou criticar a Rússia e declarou que não imporia sanções ao aliado. O governo chinês defende que Moscou e Kiev resolvam seus problemas por meio do diálogo e sugeriu que ajudaria neste aspecto

Russell Monk/Getty Images
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O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, conversou com Putin, por telefone, no dia 25 de fevereiro, um dia após a invasão, e teria pedido a “imediata cessão da violência”, mas sem qualquer condenação. O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, também defendeu o diálogo como resolução para o conflito no Leste Europeu

Mikhail Svetlov/Getty Images

Em seu discurso, Lula fez questão de citar a Argentina, mostrando o comprometimento feito com o governo vizinho desde o início de sua gestão.

“Por fim, dedico uma mensagem especial ao querido Alberto Fernández, presidente da Argentina e grande amigo do Brasil e do mundo em desenvolvimento. Continuaremos avançando lado a lado com nossos irmãos argentinos em mais um foro internacional”, apontou Lula.

Carta do Brics

Eles assinaram a carta de compromissos Joanesburgo II, em que confirmam objetivos de multilateralismo, cooperação, desenvolvimento sustentável e atenção às pessoas. Mesmo com a Rússia, que invadiu a Ucrânia no ano passado, entre os membros, a carta chama a atenção para a paz mundial.

“Estamos preocupados com os conflitos em curso em muitas partes do mundo. Salientamos o nosso compromisso com a resolução pacífica de diferenças e disputas através do diálogo e de consultas inclusivas de forma coordenada e cooperativa e apoiamos todos os esforços conducentes à resolução pacífica de crises”, diz o documento.

Há também a criação de um grupo de trabalho para construir uma moeda comum de transações comerciais entre os países.

Aparece também na carta uma forte cobrança aos países desenvolvidos para contribuição financeira no sentido de preservação do meio ambiente, além de uma crítica direta à Organização das Nações Unidas (ONU).

“Apoiamos uma reforma abrangente da ONU, incluindo o seu Conselho de Segurança, com vista a torná-lo mais democrático, representativo, eficaz e eficiente, e a aumentar a representação dos países em desenvolvimento nos membros do Conselho”, descreve o documento.

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