Brasiliense é único brasileiro com mesmo nome usado por Bolsonaro em exame
Um dos codinomes usados pelo presidente em exames para detectar coronavírus é de uma pessoa real, com endereços no DF
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou codinomes quando realizou exames para testar se tinha coronavírus, segundo os laudos entregues pelo governo ao Superior Tribunal Federal (STF). Um deles, Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz, é o nome de uma pessoa real, que vive em Brasília.
O registro é de um jovem de 16 anos. O jornal O Estado de S. Paulo apurou com a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) que só uma pessoa foi registrada no Brasil com esse nome completo.
Veja o laudo:
O Metrópoles apurou que o homônimo do codinome de Bolsonaro tem dois endereços registrados no DF, um deles no Sudoeste, mesmo bairro em que o presidente tem um apartamento, onde atualmente mora seu filho mais novo, Jair Renan. O endereço, onde a pessoa não mora mais, fica na quadra ao lado da que a família Bolsonaro possui um imóvel.
O nome do jovem também consta como tendo sido inscrito no Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade de Brasília (UnB) em 2109.
Bolsonaro não disse se houve inspiração em pessoas reais para criar os pseudônimos (o outro foi Airton Guedes). Em outras oportunidades, ele afirmou a jornalistas que usa nomes falsos quando faz exames ou pede remédios desde que entrou para a política, por medo de ser identificado por algum inimigo.
“Paciente 5”
Além dos exames com os codinomes, a Advocacia-Geral da União (AGU) também entregou ao Supremo um exame sem nenhuma identificação ligada a Bolsonaro (nos dois primeiros há o CPF e o RG do presidente).
No papel com o timbre da Fiocruz, em exame com resultado negativo, como os outros dois, aparece apenas uma identificação de nome “paciente 5”.