1 de 1 Manifestantes protestam contra o regime militar no aniversário do golpe de 64
- Foto: ELLAN LUSTOSA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
Milhares de pessoas foram às ruas em diferentes cidades do Brasil para dizer “ditadura nunca mais”, no dia em que se completam 55 anos desde o golpe militar de 31 de março de 1964. Houve registro de manifestações em capitais, como Brasília (DF), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Belém (PA) e Recife (PE).
Os atos foram marcados por críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), ex-capitão do Exército que não reconhece ter havido ditadura no país.
O chefe do Executivo federal determinou a celebração da data por militares. Na sexta-feira (29/3), durante cerimônias, as Forças Armadas fizeram a leitura da ordem do dia com a versão militar sobre o momento histórico.
Monumento Tortura Nunca Mais, contra as comemorações do golpe de 1964. Um grupo de mais de 500 pessoas ligado à movimentos sócias, sindicatos e famílias de presos políticos discursam neste momento, na Rua da Aurora no centro do Recife (PE)
Manifestantes se reúnem na Cinelândia, no centro do Rio
ELLAN LUSTOSA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
Capital do país
Cerca de 500 pessoas ocuparam o Eixão Norte, no Distrito Federal, na manhã deste domingo, para protestar contra os 55 anos do golpe militar de 1964. Os manifestantes foram ao local vestidos de branco, com flores nas mãos e fotos de presos políticos desaparecidos na época do regime ditatorial.
Concentrado na altura da Quadra 108 Norte, o protesto foi marcado por performances artísticas que representavam, entre outros, os métodos de tortura aplicados por agentes do Estado. Cartazes com dizeres como “Ditadura não se comemora”, “Quem mandou matar Marielle?” e “Pelas vítimas da violência do Estado” também completaram o clima de indignação.
Veja fotos da manifestação em Brasília:
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No local, houve performance sobre tortura e assassinatos ocorridos no regime militar
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Presos políticos desaparecidos ou mortos durante a ditadura militar também foram lembrados
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Cerca de 500 pessoas participaram do ato
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Jovem encenou o pau-de-arara, tipo de tortura comum durante os anos de Chumbo
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Pessoas de todas as idades participaram da passeata
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Ingrid Máximo, 38 anos, é fonoaudióloga e também é contra as celebrações ao "tempo mais sombrio da história do país"
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Katia Garcia, 53 anos, é professora de história e geografia do GDF
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"Lula Livre" e "Justiça para Marielle" estavam entre os gritos entoados pelos manifestantes