Brasileiros sairão de Gaza até quarta-feira (8/11), diz Mauro Vieira
Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira afirmou que tem negociado com o governo de Israel a passsagem dos brasileiros pela fronteira
atualizado
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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou, nesta sexta-feira (3/11), que Israel garantiu que brasileiros e familiares próximos deixarão a Faixa de Gaza até a próxima quarta-feira (8/11).
O anúncio decorre de negociações com o governo israelense. Poucas horas antes, Vieira ligou para o chanceler de Israel, Eli Cohen, a fim de destravar a saída dos 34 brasileiros e parentes que seguem em Gaza.
O Itamaraty informou que os ministros conversaram sobre as tratativas para que os brasileiros possam ser imediatamente repatriados, via Egito. Esse é o primeiro contato entre ambos desde a abertura do posto fronteiriço de Rafah, que ocorreu na quarta-feira (1°/11).
Nesta sexta, pelo terceiro dia consecutivo, estrangeiros e palestinos com dupla cidadania receberam autorização para atravessar da Faixa de Gaza para o Egito. No entanto, novamente, não havia o nome de brasileiros no grupo.
A primeira lista tinha quase 500 nomes, com pessoas da Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca. Na quinta-feira (2/11), 576 receberam a liberação. Havia cidadãos do México, Hungria, Croácia, Coreia do Sul, Azerbaijão, Grécia, Chade, Bahrein, Itália, Suíça, Sri Lanka, Holanda, Bélgica e Macedônia do Norte.
A lista mais recente, desta sexta, tinha 71 pessoas autorizadas a fazer a travessia. São norte-americanos, britânicos, italianos, alemães, mexicanos e indonésios.
Guerra há quase um mês
O conflito acirrou-se em 7 de outubro, quando o grupo extremista Hamas promoveu um ataque surpresa contra Israel. A ação deixou mais de 1,4 mil mortos.
Em retaliação, o governo israelense tem bombardeado e empreendido incursões localizadas à Faixa de Gaza, que deixaram mais de 9 mil mortos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza.
O conflito, no entanto, não dá sinais de arrefecer. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou, nessa segunda (30/10), que a nação descarta totalmente um cessar-fogo e disse que suspender a retaliação aos ataques do Hamas seria o “equivalente a uma rendição”.