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Brasileiros “presos” no Peru pedem ajuda para retornar: “Situação precária”

Sem retorno do governo brasileiro, muitos estão enfrentando dificuldades financeiras e de saúde, sem poder voltar ao país de origem

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Avião pousando
1 de 1 Avião pousando - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Um grupo de cerca de 180 brasileiros “presos” no Peru pede socorro para conseguir retornar ao Brasil. Sem nenhuma atualização vinda das autoridades brasileiras, eles relatam dificuldades de se manter no país vizinho, em meio à pandemia do coronavírus. Os voos foram cancelados devido à Covid-19.

Por causa das restrições impostas para evitar a proliferação do vírus, muitos perderam os empregos e, por isso, não conseguem suprir necessidades básicas, como moradia e alimentação. Até agora, não há previsão para que eles sejam repatriados.

A administradora Lourdes Guimarães, que integra o grupo de brasileiros, conta que chegou a comprar um voo da Latam há quatro meses, mas que sempre que a data da viagem se aproxima, o percurso é cancelado. Ela ainda relata que muitos membros do grupo estão em “situação precária”.

“Faço parte de um grupo de 180 brasileiros que estão no Peru aguardando um voo humanitário. Tem alguns em situação muito precária, passando necessidades básicas, doentes. No Peru, já não temos mais empregos e muitos colegas estão enfrentando dificuldades”, lamentou Lourdes.

A Embaixada do Brasil no Peru chegou a publicar uma informação nas redes sociais, na qual dizia que o governo peruano cancelou todos os voos. Na publicação, o órgão diz que uma companhia do país estaria organizando um voo fretado. Contudo, sem ter nem condições de sobreviver no Peru, os brasileiros afirmam que não podem pagar pela viagem.

“Estamos desesperados, pedindo ajuda por estarmos em péssimas condições, e a solução é uma empresa que vai nos cobrar um absurdo? Muitos estão morando de favor porque não têm dinheiro para nada. Não posso acreditar que vocês imaginaram que pessoas que estão buscando voo humanitário tenham US$ 700”, diz um comentário na página da Embaixada.

O Metrópoles entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores para saber quais medidas serão tomadas para garantir o retorno dos brasileiros. Contudo, não obteve retorno. O espaço permanece aberto.

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