Brasileiro investigado por tráfico de mulheres é extraditado da Europa
A Justiça também determinou a realização de busca e apreensão na residência do pai do suspeito, em Porto Alegre (RS)
atualizado
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Um brasileiro investigado por tráfico de pessoas e prática de cárcere privado foi extraditado, nessa quinta-feira (4/2), da Bielorrússia para o Brasil. Desde outubro do ano passado, o catarinense estava preso em Minsk, capital do país europeu, a pedido da Justiça brasileira.
No Brasil, o homem é alvo de inquérito da Polícia Federal que investiga um esquema de tráfico e exploração sexual de mulheres. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a investigação foi aberta após uma das supostas vítimas ter procurador o Consulado Brasileiro na Bielorrússia para relatar que estava sendo submetida, desde janeiro do ano passado, a violência e cárcere privado para fins de prostituição.
A mulher ainda informou que residia no apartamento do catarinense, onde sofria abusos sexuais e era obrigada a gravar vídeos pornográficos, que eram vendidos a clientes pela internet. Ela disse também que não podia sair de casa e era submetida a dietas rigorosas, tendo ficado até quatro dias sem comer.
No relatado, a suposta vítima disse ainda que sofria outros tipos de tortura e era forçada a cooptar mais meninas para serem exploradas sexualmente.
A Justiça Federal de Porto Alegre foi a responsável por fazer os pedidos de prisão preventiva e de extradição. Já a Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República (SCI/PGR) cuidou do trâmite de envio de toda a documentação à autoridade central brasileira em matéria penal.
Além da prisão, a Justiça determinou a realização de busca e apreensão na residência do pai do brasileiro, em Porto Alegre (RS). No local foram apreendidos celulares, computadores e drogas, entre outros objetos que vão auxiliar na investigação.