Brasileiro é preso pela Interpol em Portugal por tráfico de órgãos
Operação Storm Maker ocorreu em 25 países e resultou em 121 pessoas detidas; criminosos vendiam rins por cerca de US$ 37 mil na Índia
atualizado
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Suspeito de integrar uma rede internacional de tráfico de órgãos, trabalho forçado e exploração sexual, inclusive de menores, um brasileiro foi preso em Portugal, na última terça-feira (10/5), pela Interpol. Ele responderá por tentativa de homicídio no Brasil e tinha seu nome na lista de “alerta vermelho” da polícia internacional.
A prisão do brasileiro, cuja identidade não foi revelada, ocorreu na região do Algarve, no sul de Portugal, no âmbito da Operação Storm Makers, da Interpol, deflagrada em 25 países e que resultou em 121 suspeitos presos.
Em Portugal, além do brasileiro, um georgiano foi preso. A operação achou os suspeitos no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, quando o brasileiro estava prestes a embarcar, com passaporte falso, com destino a Cancún, no México.
Segundo a polícia portuguesa, os suspeitos utilizavam Portugal como rota para levar imigrantes ilegais aos Estados Unidos.
De acordo com a Interpol, a rede criminosa originária da Índia vendia rins por cerca de US$ 37 mil na Turquia. Os suspeitos chegaram a encenar fotos de casamento (foto em destaque) e falsificar documentos para estabelecer relações familiares falsas entre receptores e doadores. Os doadores embolsavam cerca de US$ 15 mil.
Abuso de crianças
Durante a operação, uma adolescente paquistanesa de 17 anos foi resgatada. A menina era obrigada a se prostituir nos Emirados Árabes Unidos desde que tinha 13 anos.
Nas Filipinas, 32 vítimas de tráfico humano foram resgatadas pelas autoridades. Os agentes também detiveram oito pessoas envolvidas em tráfico, exploração e abuso sexual de crianças.
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