Brasileiras estudam mais, mas renda é 41,5% menor que dos homens
Número consta no Índice de Desenvolvimento de Gênero, divulgado nesta segunda-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
atualizado
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Apesar de as mulheres terem melhor desempenho na educação e mais longevidade do que os homens, a renda da população feminina no Brasil é 41,5% menor que a da masculina.
O número consta no Índice de Desenvolvimento de Gênero (IDG), divulgado nesta segunda-feira (09/12/2019) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
O estudo aponta que, no Brasil, as mulheres estudam em média 8,1 anos, enquanto os homens têm uma média de 7,6 anos.
Quando a Renda Nacional Bruta (RNB) per capita dos dois gêneros é comparada, os números se invertem. Segundo dados de 2018, a renda feminina equivale a US$ 10.432, enquanto a masculina sai na frente com US$ 17.827.
O IDG usa os mesmos indicadores do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), como saúde, educação e renda, em 166 países, mas comparando dados por gênero.
O IDH dos homens foi de 0,761, enquanto o das mulheres chegou a 0,757. De acordo com o relatório, a desigualdade entre os gêneros é de 0,995 — número menor que o de países como Uruguai (1,016), Rússia (1,015) e Venezuela (1,013).
O Brasil, que hoje está em quarto lugar, fica na frente de países como Argentina (0,988), Colômbia (0,986), África do Sul (0,984) e Equador (0,980).
O índice ainda aponta que as mulheres tendem a viver mais no Brasil — são 79,4 anos de idade em média para elas e 72 anos para homens.