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Brasileira morreu asfixiada em bunker durante incêndio na Ucrânia

Thalita do Valle, 38 anos, estava em estava em missão humanitária no país, que enfrenta guerra contra a Rússia

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Thalita do Valle, brasileira morta na Ucrânia
1 de 1 Thalita do Valle, brasileira morta na Ucrânia - Foto: Reprodução/Redes Sociais

A família da brasileira Thalita do Valle (foto em destaque), de 39 anos, confirmou nessa terça-feira (5/7) a morte dela em meio à guerra na Ucrânia. Thalita era de Ribeirão Preto (SP) e estava em missão humanitária no país. O batalhão que ela integrava foi atacado no sábado (2/7). Thalita, segundo os parentes, morreu asfixiada após incêndio em um bunker.

Thalita desembarcou no país há três semanas. O Ministério das Relações Exteriores disse ter recebido a informação da morte de dois brasileiros na Ucrânia. A outra vítima é Douglas Búrigo, 40. Com os dois óbitos, chega a três o número de brasileiros que perderam a vida lutando na guerra, incluindo André Hack Bahi, 44, no início de junho.

6 imagens
Thalita morreu na última quinta-feira (30/6)
Ataque ocorreu em Kharviv, na Ucrânia
Brasileira era atiradora de elite
Além de atiradora, era socorrista
Também atuou como modelo e atriz quando mais nova
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Thalita já lutou contra o Estado Islâmico

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Thalita morreu na última quinta-feira (30/6)

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Ataque ocorreu em Kharviv, na Ucrânia

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Brasileira era atiradora de elite

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Além de atiradora, era socorrista

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Também atuou como modelo e atriz quando mais nova

A família de Thalita ainda não sabe quando o corpo deverá chegar ao Brasil, mas informou que mantém contato com o Itamaraty e a Legião Estrangeira Ucraniana para as tratativas.

Quem era Thalita
Thalita do Valle  era socorrista, atiradora de elite e estudava direito. Quando mais nova, ela também trabalhou como modelo e atriz.

Ela já havia atuado em conflito contra o Estado Islâmico no Iraque, no Curdistão iraquiano e no Curdistão Sírio, segundo registros em seu canal no YouTube. Durante o período, a jovem participou de treinamento para se tornar atiradora de precisão e integrar o grupo chamado “peshmerga”, termo pelo qual os combatentes curdos são batizados.

“A Thalita era do Exército feminino e integrava uma linha de frente com atiradoras de elite. Era uma heroína, e a vocação dela era salvar vidas, correndo atrás de missões humanitárias”, disse o irmão Théo Ridrigo Vieira, em entrevista ao Uol.

Segundo ele, a militar tinha como função principal o trabalho de socorrista, mas também dava cobertura como atiradora. Théo contou ainda que conversou com a irmã pouco antes dela embarcar para a Ucrânia.

“Ela falou que estava indo para a Polônia para fazer a função de socorrista, ajudando as pessoas a saírem do país em guerra. Mas logo já foi para a área de conflito”, lembrou. “Quando a gente conversava por telefone, eu queria saber tudo. Mas ela dizia que não podia falar muito, porque as atividades por celular estavam sendo monitoradas por drones russos. Ela ligava só para avisar que estava bem.”

A última vez que os irmãos se falaram foi no dia 27 de junho. Na ocasião, Thalita, havia acabado de chegar na cidade de Kharviv, onde ocorreu o bombardeio.

Thalita protagonizou peças teatrais durante e foi modelo fotográfica aos 18 anos. A jovem também atuava em ONGs de defesa dos direitos dos animais. Em seu canal, ela compartilhou o vídeo de um resgate durante a tragédia de Brumadinho.

A brasileira morreu ao lado do gaúcho Douglas Rodrigues Búrigo, 40, que serviu ao Exército brasileiro por quatro anos e viajou para a Europa, onde lutou ao lado dos militares ucranianos.

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