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Brasileira é assassinada em trilha na Argentina com nove tiros

O corpo da jovem de 27 anos foi encontrado em trilha de Bariloche. Companheiro e pai de dois filhos da vítima, brasileiro assumiu o crime

atualizado

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1 de 1 - Foto: Reprodução/Facebook

A jovem Eduarda Santos de Almeida, de 27 anos, foi vítima de feminicídio em Bariloche, na Argentina. Fernando Alves Ferreira, pai dos dois filhos da mulher, se declarou culpado do crime e alegou que estava “correndo risco de vida” por ter notado que faltavam munições de uma arma que o casal brasileiro tinha.

O corpo de Eduarda foi encontrado na região turística de Circuito Chico, com vários hematomas e marcas de nove tiros. O assassino confesso morava com a vítima.

Segundo o jornal argentino El Cordillerano, Ferreira se apresentou à Justiça nesta sexta-feira (18/2), mesmo contra a recomendação dos advogados de defesa.

“Gostaria de receber apoio psicológico e me declaro culpado pela morte de Eduarda Santos. Sou responsável. Não planejei, mas tive a opção, considerando que minha vida estava em perigo. Desculpe, mas minha vida veio em primeiro lugar”, disse o criminoso.

Além de acompanhamento psicológico, o feminicida também pediu investigação no celular e disse que a segurança dos filhos estaria em primeiro lugar. “Minha cunhada já chegou a Bariloche e é responsável pelos meus filhos. Neste momento, é a coisa mais importante para mim”, frisou.

Ele não liga para a sentença

O homem também disse que se arrepende de ter matado Eduarda, mas não liga para a sentença que pegará. “Eu me arrependo de ter assassinado alguém, claro que sim. Não me lembro bem onde está a arma. Eu me lembro quando estava em casa, mas não quando cheguei. Eu não sei se eles vão me dar uma sentença de prisão perpétua, eu realmente não me importo mais”, assinalou.

Segundo Fernando, ele e Eduarda encontraram a arma e a munição assim que se mudaram com os filhos para a casa. Um certo dia, ele percebeu que balas haviam sumido, o que levantou suspeitas da parte dele.

“Sim, havia uma caixa cheia de munições. Eu e a Eduarda consertamos a garagem e vimos uma caixa completa. Encontramos a arma. Estava com a caixa cheia de munição. Ao chegar em casa, a caixa não estava completa. Vendo isso, planejei maneiras de me proteger”, justificou.

Campanha de traslado do corpo

Auxiliada pela Associação dos Servidores do Ministério Público do Rio de Janeiro, a família da vítima realiza uma campanha para trazer ao Brasil o corpo de Eduarda.

No Facebook, a instituição pede ajuda para os trâmites fúnebres e transporte das crianças. Além dos dois filhos com Fernando, Eduarda tinha outro filho na Argentina.

“A família está precisando de ajuda financeira para contratar assistência jurídica e comprar passagens aéreas para acompanhar o caso e trazer as crianças de volta para ao país”, diz a publicação da associação.

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