Brasil vai trabalhar com embaixada dos EUA em voos de deportados
Segundo o governo brasileiro, um grupo de trabalho será criado para trocar informações sobre voos com deportados
atualizado
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O governo brasileiro anunciou a criação de um grupo de trabalho com a embaixada dos Estados Unidos no Brasil. O objetivo é trocar informações sobre voos com deportados expulsos do país liderado por Donald Trump. O acordo foi divulgado nesta quarta-feira (29/1) pelo Ministério das Relações Exteriores.
Crise dos deportados
- No último fim de semana, brasileiros deportados dos EUA por estarem ilegal ao país chegaram ao Brasil algemados e acorrentados.
- Os deportados alegam ter sofrido agressões durante o retorno ao território brasileiro.
- O episódio gerou o primeiro ponto de atrito entre o governo Lula e a nova administração norte-americana, liderada por Donald Trump.
Segundo o Itamaraty, a medida visa “aprimorar a operacionalização” dos voos e garantir “tratamento digno e respeitoso” aos deportados.
“Em reunião realizada hoje, 29/1, o MRE e a Embaixada dos EUA em Brasília acordaram a criação de Grupo de Trabalho para trocar informações e aprimorar a operacionalização de voos de retorno de brasileiros, garantindo a segurança e o tratamento digno e respeitoso dos passageiros”, disse a chancelaria brasileira em nota.
Além disso, também ficou acordado que uma linha direta de comunicação será criada entre os membros do grupo, para o “acompanhamento em tempo real dos futuros voos”.
A decisão surge após o episódio que culminou na primeira rusga diplomática entre Brasília e Washington, após Trump voltar ao poder, em 20 de janeiro.
Cumprindo uma de suas promessas de campanha, o presidente norte-americano anunciou uma série de medidas para frear a imigração ilegal no país. Desde então, voos com deportados tem saído dos EUA para diversos países.
No Brasil, 88 deportados chegaram algemados e acorrentados, causando mal-estar no governo brasileiro.